Randolfe Rodrigues, líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) no Senado, afirmou nesta sexta-feira (16) que ele, juntamente com o senador Renan Calheiros (MDB), vai representar contra Marcos do Val (Podemos) no Conselho de Ética do Senado. Assim como publicou o Brasil123, na quinta (15), Marcos Do Val foi alvo de busca e apreensão em operação da Polícia Federal (PF), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Marcos do Val: Conheça o senador alvo de investigação
Hoje, o parlamentar é investigado por suspeita de ter obstruído as investigações sobre os atos golpistas de 08 de janeiro – na ocasião, apoiadores radiciais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
Conforme a ordem, os indícios que basearam a operação são postagens do senador em redes sociais – por conta disso, o ministro Alexandre de Moraes também determinou que o senador preste depoimento. Em fevereiro deste ano, Marco do Val acusou Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira de organizarem uma reunião, no ano passado, para propor o envolvimento do senador em um plano de golpe de Estado.
Em publicação feita em sua conta no Twitter na noite desta sexta, Randolfe Rodrigues afirmou que o Senado não pode ter entre seus membros “alguém que defende golpe de Estado e atenta contra a democracia”. “Eu e o senador Renan Calheiros decidimos entrar com representação no Conselho de Ética do Senado contra Marcos do Val. Esta Casa não pode viver o constrangimento de ter entre seus senadores alguém que defende golpe de Estado e atenta contra a democracia. Sem anistia!”, disse ele na postagem feita em sua rede social.
As punições aplicadas pelo Conselho de Ética, que assim como publicou o Brasil123, voltou à ativa nesta semana, após seis anos inativo, podem ser de advertência, censura, perda temporária do mandato ou ainda a cassação do senador. A perda temporária do mandato e a cassação precisam ser aprovadas pelo plenário principal da Casa. Atualmente, existem no colegiado outros cinco pedidos de apuração da conduta de Marcos do Val, inclusive um da Rede, partido ao qual Randolfe era filiado, sobre as declarações do senador capixaba a respeito de um plano golpista.
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