O senador Randolfe Rodrigues (Rede), que hoje desempenha o cargo de líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, comentou neste sábado (14) a prisão de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Para o parlamentar, a prisão do ex-integrante da gestão anterior é um “recado” para outras pessoas que também participaram da administração de Bolsonaro.
Anderson Torres pode ser acusado de diversos crimes
Randolfe Rodrigues usou seu Twitter neste sábado para dizer que a “prisão de Anderson Torres foi mais um recado àqueles que passaram os últimos 4 anos desrespeitando a Lei e conspirando contra o País”. De acordo com o parlamentar, “agora não cabe desculpas, cabe responsabilização”. “O Brasil está dizendo ao mundo que não dará espaço para o golpismo”, afirmou o senador em uma postagem em sua rede social.
Assim como publicou o Brasil123, Anderson Torres foi preso na manhã deste sábado ao chegar dos Estados Unidos, onde passava férias. A prisão, ordenada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi cumprida por agentes da Polícia Federal (PF) que esperavam o ex-ministro no Aeroporto de Brasília.
O ex-ministro, após ter sido detido, foi encaminhado para o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, em Brasília. Essa prisão aconteceu porque, na visão de Alexandre de Moraes, Anderson Torres foi conivente com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto) no domingo passado (08).
Anderson Torres, no dia dos acontecimentos, era o secretário de Segurança do Distrito Federal – ele acabou sendo exonerado na tarde daquele dia pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que também foi previamente penalizado por conta dos atos registrados na capital brasileira. Isso porque, mesmo após pedir desculpas aos chefes dos Três Poderes pelo ocorrido e condenar as ações radicais, ele acabou sendo afastado do cargo por Alexandre de Moraes.
O ex-ministro de Bolsonaro também está envolvido em outra polêmica, a da minuta, um documento que foi encontrado na casa de Anderson Torres e previa a decretação de um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo reverter o resultado da eleição em que Bolsonaro foi derrotado pelo atual chefe do Executivo Lula.
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