Vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB)voltou a relatar nesta sexta-feira (16) que o novo governo, que assume o executivo no próximo dia primeiro de janeiro, prevê que R$ 12 bilhões da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição serão direcionados para “melhorar o orçamento da Educação”.
“Na PEC que está sendo discutida, tem R$ 12 bilhões para melhorar o orçamento da educação. Isso é muito importante. Presidente Lula vai priorizar e ampliar as escolas em tempo integral”, afirmou Geraldo Akcmin durante uma entrevista coletiva. Na última terça-feira (13), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relatou que o seu maior compromisso durante os próximos quatro anos será com a educação.
Na ocasião, o petista disse que a palavra será “cuidar” e não “‘governar”. “Se em 2003 eu tinha um único compromisso: ao final as pessoas estivessem comendo três refeições ao dia eu teria feito a obra da minha vida, agora tenho outro compromisso, no dia da minha posse quero assumir compromisso com a educação básica no país”, disse Lula.
Segundo o presidente eleito, seu governo lutará durante o seu terceiro mandado por “escola de tempo integral e qualidade”. “Faremos todo o possível, teremos menos violência e vítimas da rua, as crianças estarão protegidas dentro da escola aprendendo alguma coisa”, relatou Lula, que exercerá seu terceiro mandato como chefe do Executivo.
Assim como vem publicando o Brasil123, a PEC de Transição, que foi aprovada no Senado na semana passada, prevê o aumento no teto de gastos de R$ 168 bilhões por dois anos. O aumento tem como foco, por exemplo, proporcionar que o governo cumpra a promessa de pagar as parcelas de R$ 600 do Bolsa Família, com adicional de R$ 150 por criança abaixo de seis anos.
Hoje, a PEC está na Câmara, onde ainda não foi votada por falta de votos necessários para aprovar o texto. Por se tratar de uma PEC, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, em uma votação de dois turnos. De acordo com informações do portal “G1” divulgadas nesta sexta, as contas feitas até o momento mostram que o texto que saiu do Senado tem apenas 200 votos – caso o projeto seja alterado, retornará ao Senado para mais uma análise. Pelo contrário, vai à promulgação.
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