O quimerismo é uma condição genética muito rara em humanos e determina que o indivíduo possua dois tipos de DNA distintos em seu corpo. No mundo, até o momento, foram documentado apenas 40 casos de quimerismo. Mas como isso pode ser possível?
O quimerismo humano natural ocorre antes do nascimento. Existem algumas formas de quimerismo, contudo, o mais intrigante é o quimerismo tetragamético que ocorre devido a uma fusão de dois embriões que, em situação normal, daria origem a uma gestação de gêmeos não idênticos, isto é, gêmeos bivitelinos. Com isso, os tecidos do indivíduo quimera terá a presença do seu próprio DNA, bem como do DNA do embrião por ele absorvido.
A consequência mais comum é o indivíduo pertencer a mais de um grupo sanguíneo. Entretanto, também há o quimerismo imunitário, quimerismo por irradiação ou o hermafroditismo, em que o mesmo indivíduo possui células masculinas e células femininas.
O caso mais conhecido de quimerismo é o da modelo americana Taylor Muhl, de 33 anos, que é um dentre os raríssimos casos documentados no mundo todo. Ela descobriu a situação por causa de uma mancha em seu abdome. Um lado do abdome dela tem uma cor e o outro apresenta uma cor diferente, sendo resultado do DNA distinto.
Em seu perfil do Instagram há uma frase em inglês que diz: “Nasci com quimerismo. Eu sou minha própria gêmea”, mostrando que a modelo assume sua condição, além de vários posts em seu perfil que demonstram apoio às pessoas que vivem com a mesma condição rara.
Questão jurídica envolvida com o quimerismo
Para além da Medicina, perpassando pela área do Direito, esse caso se torna ainda mais intrigante. Aqui, um caso real merece destaque: o caso da americana Karen Keegan que se tornou um mistério. Keegan foi diagnosticada com uma doença renal e, por necessitar de um transplante de rim, realizou um teste de compatibilidade com seus três filhos, a fim de verificar se um deles poderia ser seu doador. O resultado foi negativo e, além disso, revelou que dois dos três filhos não eram filhos biológicos de Keega.
Com isso, após um longo período de testes e aflição, haja vista que a principal desconfiança das autoridades era sobre ela ter sequestrado as crianças, o caso de quimerismo foi confirmado. Assim, um filho possuía a herança de parte do DNA da mãe, e os outros dois filhos herdaram a herança do outro DNA. O exame foi feito com a saliva da mãe, demonstrando que ela era sim a mãe das três crianças.
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