Sancionado na segunda-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o Orçamento de 2022 tem entre os temas mais controversos e polêmicos o reajuste salarial dos servidores federais. De acordo com a jornalista Ana Flor, da “Globo News”, apesar de constar na lei, o assunto deve se arrastar até o final de março.
Segundo a comunicadora, essa demora será registrada por conta da reação de outras categorias, que foram totalmente contra o anúncio de um reajuste exclusivo para as forças de segurança. Com isso, afirma Ana Flor, Bolsonaro e seus aliados decidiram aguardar algumas semanas com um intuito: encontrar uma saída que traga menos desgaste.
Apesar de publicado, o prazo limite para definir esse tipo de gasto é até abril. No Orçamento, há a previsão de que R$ 1,7 bilhão sejam destinados ao reajuste salarial para servidores de carreira da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Federal (Depen).
Bolsonaro temporariamente convencido
Hoje, as categorias policiais que ouviram de Bolsonaro a promessa de reajustes insistem que o presidente cumpra com sua palavra e conceda o aumento. Todavia, explica Ana Flor, pessoas próximas revelaram que o chefe do Executivo foi convencido, pelo menos temporariamente, a não conceder os aumentos.
O pedido dos aliados do presidente acontece porque, assim como vem publicando o Brasil123, categorias estão pressionando o governo federal, afirmando que querem tratamento isonômico, ou seja, que o aumento também seja estendido para outros servidores e não exclusivamente para os da PF, PRF e Depen.
Possível solução para o reajuste
De acordo com economistas, existe a possibilidade de o governo usar o valor de R$ 3,18 bilhões que estavam previstos para despesas dos ministérios em geral, mas foi vetado por Bolsonaro, em um eventual reajuste para outras categorias do funcionalismo público. Apesar disso, eles ressaltam que não há espaço para um reajuste linear a todos os servidores.
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