O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfrenta um dos maiores problemas desde que assumiu o posto no país. Isso porque um grupo paramilitar, chamado de Grupo Wagner, acusou o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, de atacar o acampamento do grupo, na divisa com a Ucrânia. Após a insatisfação, o líder dos paramilitares, Yevgeny Prigozhin, prometeu retaliação ao governo russo.
Para especialistas, as relações entre ambas as partes já era ruim há algum tempo. Além disso, o desentendimento abre espaço para uma crise interna na Rússia, em meio ao conflito com a Ucrânia. Além da guerra na Europa, o Grupo Wagner já participou de outros conflitos.
Grupo Wagner abre crise na Rússia
A insatisfação do Grupo Wagner com o presidente Vladimir Putin gerou uma grande rachadura no governo russo. Isso porque, após ataques ao acampamento do grupo, Prigozhin ordenou que as tropas fossem em direção a Moscou. O exército do país ordenou o fechamento de praças e proteção a prédios oficiais. Contudo, segundo a CNN, a situação está resolvida.
Na prática, o Grupo Wagner é um grupo paramilitar que, através de pagamentos, faz ofensivas em guerras. Dessa forma, governos contratam o grupo para atacar militarmente alguns opositores. Na Rússia, Putin pode ter contratado o grupo para fazer uma ofensiva contra a Ucrânia. A relação, que não tem transparência, vem ruim há alguns dias.
Após a insatisfação, o Grupo Wagner iniciou uma marcha rumo à capital russa. Em nota, Prigozhin disse que “este não é um golpe militar. É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas“. Contudo, segundo a CNN, Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, negociou um acordo e o retorno do grupo à Ucrânia foi informado pelo Telegram.
O Grupo Wagner foi fundado em 2014 e é utilizado pelo governo russo em outras partes do mundo. Além do confronto com a Ucrânia, os paramilitares têm participação em guerras na Líbia, no Sudão, em Mali e em Madagascar. Além disso, há relatos de participação do Grupo Wagner na Síria.
Grupos paramilitares pelo mundo
A existência do Grupo Wagner não é uma exclusividade no mundo. Isso porque existem diversos bandos parecidos ao redor do mundo, financiados por diversos governos do mundo. Segundo estudos e avaliações de especialistas, diversos países possuem o comando de organizações semelhantes.
Além da Rússia, Estados Unidos, África do Sul, Iraque, Colômbia, entre outros países, financiam grupos de mercenários. Na prática, eles cometem crimes brutais de guerras para que isso não envolva exércitos nacionais. Além disso, o Grupo Wagner também já foi utilizado para reforçara segurança de territórios recém conquistados, algo comum entre esses grupos e os governos.
Atualmente, acredita-se que o Grupo Wagner seja formado por ex-militares altamente treinados. Na Ucrânia, o efetivo do grupo é de cerca de 20 mil combatentes.