Queiroga publicou um decreto que prevê fiscalizar todos os recursos que são gastos pelos governadores durante a pandemia. De acordo com o ministro e Bolsonaro, eles estão desviando as verbas que seriam para comprar insumos e vacinas.
O presidente afirma que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, usou o valor enviado como tentativa de colocar os salários em dia. O Tucano, entretanto, recusa a possibilidade. João Dória, governador de São Paulo, estado com 99 mil mortes da doença, também é acusado.
Queiroga prevê, em seu decreto, que qualquer medida que for notada fora dos padrões, deve ser investigada com agilidade.
O que causa surpresa, entretanto, é que o decreto foi aprovado justamente no momento em que ocorre a CPI que investiga os gastos do governo federal. O ministro já foi chamado para depor e disse que sempre defendeu as vacinações e tentou se esquivar quando foi questionado sobre a cloroquina.
CPI da Covid-19 e Queiroga
O governo federal é acusado de omissões e desvios de verbas juntamente com a falta de investimentos. No entanto, Bolsonaro argumenta que é necessário investigar em escala estadual e municipal porque prefeitos e governadores desviaram. Pacheco, presidente do Senado, argumenta que isso vai contra a Constituição.
Queiroga argumentou, perante a CPI, que faltou mais união do SUS mas que estão lutando constantemente para que consigam superar a crise. Atualmente, são mais de 414 mil vidas perdidas e 15 milhões de casos em pouco mais de um ano de pandemia.
A CPI deve interrogar o ministro mais de uma vez para encontrar possíveis contradições em seu discurso. Pazuello, ex-ministro, também deve ser interrogado, mas afirmou que estava com Covid-19 e não poderia participar presencialmente, pediu para que fosse online e o pedido foi negado.
Randolfe afirmou que deseja o teste positivo do coronavírus para que haja a comprovação de realmente caso de doença. Os senadores acreditam que o ex-ministro está tentando se esquivar do depoimento.