O novo ministro da Saúde, que deve ocupar o lugar de Eduardo Pazuello, afirmou que deve continuar com os planos do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia. Ele acrescentou que não deve tomar as medidas rígidas de isolamento social e que acredita haver outras formas de controlar a situação. O número de mortes ontem (16) chegou a 2798, um novo recorde histórico acompanhado de 11,6 milhões de casos em apenas um ano.
Já houveram mais de 13 trocas de ministros já que eles não se adequaram às ideias do presidente. Antes de passar pelo processo de transição, já deixou claro que pretende fazer tudo o que o presidente mandar que faça. O Informe Cidade argumentou: “ele foi escolhido justamente porque não pretende se opor ao chefe do Planalto e será tão ou mais obediente do que Pazuello”.
“A política é do governo Bolsonaro, não do ministro. O ministro executa a política do governo”, enfatizou Queiroga. No dia em que houve a declaração, o país passava pela quantidade de 280 mil óbitos. Essa média diária já é maior que os Estados Unidos no mês de dezembro de 2020, o país norte-americano já alcançou a marca de 500 mil mortos, ao todo, já possuem mais de 29.573.189 casos, pouco mais que o dobro que o Brasil.
Especialistas criticam as ações de Jair Bolsonaro
Muitos especialistas de ciência social e econômica já criticaram a decisão, o que ocorre o oposto com os eleitores que defenderam a escolha. Cláudio Couto argumenta: “Ele (presidente) ignora questões lógicas em relação à gestão pública e rechaça quem tenta fazer diferente. Pazuello fez praticamente tudo o que ele queria que fizesse. Até a desautorização pública em relação às vacinas ele matou no peito. Foi fiel ao seu chefe. Queiroga talvez saiba se esquivar melhor de cascas de banana.”
O médico João Gabbardo, também presente no Ministério da Saúde, argumentou que lamenta a atual situação em que o próprio ministro – que é um médico – não contrariou a ideia de fazer o uso da Cloroquina, medicamento que já foi comprovado sem eficácia científica. Diz-se no Planalto que o presidente não está afastando Pazuello por incompetência e sim, devido a estratégias políticas.
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