Hoje já é o sexto dia de um incêndio florestal na Espanha. As queimadas já atingiram cerca de dez vilarejos na região da Andaluzia, no Sul do país, que precisaram ser esvaziados às pressas.
Informações repassadas pelas autoridades locais indicam que, até o momento, mais de 7.400 hectares já foram destroçados. O acontecimento ainda provocou a interrupção do tráfego de oito estradas da região afetada.
De acordo com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o Governo Espanhol irá enviar uma unidade militar de emergência com o objetivo de auxiliar no combate ao fogo. A situação tem sido monitorada através de um satélite da União Europeia.
Nota-se que a situação ainda esta fora de controle. Desta forma, mais de 40 aeronaves, 365 bombeiros e 25 veículos foram redirecionados e estão empenhados no combate ao incêndio na Espanha. A queimada começou no entorno da cidade turística de Estepona, na última quarta-feira, 8.
No entanto, devido aos fortes ventos, as chamas ganharam grandes proporções de difícil controle, devastando uma enorme área em questão de poucos dias. Estima-se que cerca de 2.600 pessoas tenham sido forçadas a deixar as casas com tudo para trás em seis povoados desde o último domingo, 12.
Não é preciso se aproximar muito dos arredores para enxergar enormes nuvens de fumaça ultrapassando as montanhas de Sierra Bermeja. Por lá, os helicópteros continuam sobrevoando a área enquanto jogam água no vale na tentativa de amenizar o incêndio. Também no último domingo, 12, 260 soldados da unidade de emergência militar espanhola foram enviados para ajudar na proteção das cidades vizinhas.
De acordo com o Ministério da Defesa da Espanha, foi questão de instantes para que algumas pessoas deixassem as casas antes de serem atingidas pelas chamas. Durante os últimos dias, essas pessoas têm sido abrigadas em um estádio de futebol até que a situação se normalize e encontrem um outro abrigo temporário ou permanente.
Para a chefe regional de meio ambiente, Carmen Crespo, declarou não ter certeza se o incêndio foi deliberadamente iniciado por mãos humanas de propósito. O acontecimento provocou uma expressiva fonte de calor no sul da Europa no verão que apenas começou, chegando até o hemisfério norte. As chamas alimentaram incêndios florestais desde a Itália até os Bálcãs, bem como da Grécia à Turquia, obrigando milhares de pessoas a fugirem.
Cientistas atribuem a responsabilidade da queimada às mudanças climáticas provocadas pelos ventos no continente. Vale mencionar que as queimadas também atingiram um nível extremo na Sibéria, no Norte da Rússia e na Califórnia, tudo isso nos últimos meses.
No último domingo, o diretor do Centro Operativo Regional (COR), Juan Sánchez, do Serviço de Extinção de Incêndios Florestais da Andaluzia (Infoca), mencionou o acontecimento atual como o pior registro dos últimos tempos. “alamos há muito tempo sobre as consequências do abandono do meio ambiente e das mudanças climáticas. Hoje estamos vivendo elas”, ressaltou.
As equipes que atuam no combate ao incêndio na Espanha se mostram otimistas quanto à previsão de chuva para os próximos dias, que se realmente se concretizar, será capaz de auxiliar no combate ao incêndio. É importante ter em mente que as temperaturas elevadas registradas nos últimos dias contribuíram para o agravo da queimada mediante a proliferação das chamas.