A população brasileira continua sofrendo para pagar as contas em dia no país. A saber, 39,71% dos brasileiros adultos estavam com o nome sujo em setembro deste ano, ou seja, quatro em cada dez brasileiros tinham dívidas atrasadas no mês passado.
Em números absolutos, o país estava com 64,25 milhões de pessoas com contas atrasadas. Esse é o novo recorde da série histórica, que teve início em 2014.
Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o levantamento, o volume de contas atrasadas cresceu 11,17% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2021. Já em relação a agosto, a alta foi de 0,85%.
“O desemprego diminuiu, mas a renda não é suficiente para reverter completamente as perdas dos últimos trimestre. Apesar da inflação caindo, o preço dos alimentos continua subindo e ocupando boa parte do orçamento das famílias, especialmente aquelas com renda mais baixa”, disse o presidente da CNDL, José César da Costa.
A pesquisa também revelou que a faixa etária de 30 a 39 anos teve a participação mais expressiva entre os devedores do país. Em resumo, havia cerca de 15 milhões de adultos inadimplentes nessa faixa etária, o que equivale a 23,34% do total de inadimplentes.
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Valor médio das dívidas se aproxima de R$ 3,7 mil
Segundo o levantamento, a média das dívidas dos negativados chegou a R$ 3.688,96 em setembro, superando o valor médio de agosto (R$ 3.630,64).
O levantamento ainda revelou que o setor de bancos se destacou no mês, registrando um aumento de 37,94% das dívidas dos brasileiros. Em seguida, ficaram as contas de água e luz, com um aumento de 11,86% das dívidas atrasadas.
Por outro lado, a quantidade de dívidas atrasadas recuou nos setores de comunicação (-11,57%) e comércio (-0,28%).
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