Com a atual situação do país, ainda vivendo a pandemia da Covid-19, no primeiro trimestre de 2022 o Brasil encontrava-se com quase 3,5 milhões de pessoas desempregadas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa feita pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) em 13/05.
Esta quantidade de pessoas se refere à população que procura emprego há, pelo menos, 2 anos, segundo o IBGE.
Se considerado quem procurava emprego há, pelo menos, 1 ano, esta quantidade sobe de 3,5 milhões para 5,009 milhões, de acordo com a Pnad Contínua.
Confira mais dados levantados pela Pnad Contínua, do IBGE:
- 3,46 milhões de pessoas procuravam por uma oportunidade de emprego há, pelo menos, 2 anos (o que equivale a 29% de 11,95 milhões de desempregados neste período).
- 1,55 milhões procuravam por oportunidades há, pelo menos, 1 ano, porém, menos de 2 anos (12,9% do total de desempregados).
- 4,879 milhões procuravam por oportunidades há mais de 1 mês, porém, menos de 1 ano (o que equivale a 40,8% de pessoas sem emprego).
- 2,060 milhões procuravam por uma vaga há menos de um mês (17,2% do total de desempregados).
Taxa composta de subutilização da força composta de trabalho
Neste mesmo período, ainda de acordo com o IBGE, a taxa composta de subutilização da força de trabalho aumentou em alguns estados:
- Piauí (43,9%)
- Sergipe (38,6%)
- Alagoas (38,6%)
Já em outros, o percentual foi mais baixo:
- Santa Catarina (8,3%)
- Mato Grosso (11,3%)
- Paraná (14,0%)
Na média nacional, no primeiro trimestre deste ano, a taxa de subutilização foi de 23,2%.
Desalento
Entre os 4,6 milhões de desempregados, a Bahia concentrava o maior número: 648 mil desalentados (o que equivale a 14,1% do contingente nacional), segundo o IBGE.
Informalidade
O instituto também informou que, entre os empregados, a taxa de informalidade era de 40,1% da população ocupada no primeiro trimestre de 2022.
As maiores taxas de informalidade estavam em:
- Pará (62,9%)
- Maranhão (59,7%)
- Amazonas (58,1%)
Já os menores resultados do mesmo indicador se encontravam em:
- Santa Catarina (27,7%)
- Distrito Federal (30,3%)
- São Paulo (30,5%)
Taxa de desemprego
Segundo os dados da Pnad Contínua divulgados pelo IBGE, em 26 das 27 unidades da federação, na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022, a taxa de desemprego foi considerada estatisticamente estável.
No Amapá, ocorreu uma queda de -3,3 pontos percentuais (17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre de 2022). Já no estado de São Paulo, a taxa de desemprego passou de 11,1% para 10,8% neste período.
Apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego causado por gênero, cor ou raça permaneceu consideravelmente alto.
- 13,7% para mulheres desempregadas (enquanto 9,1% para homens).
- pretos (13,3%) e pardos (12,9%), diferente de brancos, com uma taxa de desemprego de 8,9%.
Além disso, há também as taxas de desocupação, para pessoas com a diferença de escolaridade:
- 18,3% para pessoas com ensino médio incompleto
- 5,6% para as pessoas com nível superior completo
Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,1% no primeiro trimestre deste ano, mesmo resultado do último trimestre de 2021.
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