Quase 130 núcleos criminosos ajudaram a fraudar o auxílio emergencial no Brasil. Esses núcleos não necessariamente possuíam ligação entre si. Além disso, eles usavam métodos diferentes. Seja como for, todos eles acabavam desviando o dinheiro.
No último dia 4 de março, 97 agentes da Polícia Federal (PF) ajudaram a realizar nas ruas mais uma fase da Operação Quarta Parcela em vários estados. Agora, a Polícia já divulgou os detalhes dessa investigação. E muita gente se propôs a fazer esses desvios.
De acordo com a PF, esses bandidos usavam vários métodos para desviar o dinheiro das pessoas. Mas três se repetiam mais. O primeiro e mais comum foi o uso dos cadastros falsos. Esse é o modelo de roubo mais clássico.
Mas há também muitos casos de clonagem de cartões para uso no Caixa Eletrônico e até de transferências bancárias com documentos falsos. Nesses casos, os bandidos se aproveitaram de um sistema emergencial para fazer as fraudes.
Enquanto isso, muita gente que realmente precisava do dinheiro acabou ficando sem nenhum tipo de auxílio no meio da pandemia. E a situação piora quando se sabe que a pandemia ainda não acabou e que essas pessoas dificilmente terão esse dinheiro de novo.
Fraudes no auxílio
De acordo com a PF, essas suspeitas partiram de denúncias de cerca de 10,8 mil pessoas. São pessoas que perceberam que existia algo errado com os seus pagamentos. Muitos só souberam que foram vítimas de uma fraude quando chegaram no caixa eletrônico para sacar o dinheiro.
Mas o fato é que a polícia diz que esses 10,8 mil representam apenas uma parcela muito pequena do total de fraudes no Brasil. Se considerarmos as fraudes com o Auxílio Emergencial e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) então esses 10,8 mil representam cerca de 20% do total de fraudes em 2020.