Quase 13% da população brasileira vive com menos de R$246 por mês. Esse é um dado da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento mostra que a quantidade de pessoas nessa faixa cresceu depois do fim do auxílio emergencial.
E não foi um crescimento pequeno. De acordo com os dados oficiais, a taxa de pessoas que vivem com esse dinheiro é atualmente de 12,83%. Em agosto de 2020, quando o auxílio emergencial ainda estava na casa dos R$600, essa taxa era de 4,52%.
Além disso, vale lembrar que a taxa atual é maior do que a que se viu antes da pandemia do novo coronavírus. No final de 2019, essa taxa de pessoas que viviam com menos de R$246 por mês era de 10,97%. Dessa forma, dá para dizer que estamos piores agora do que estivemos antes do auxílio.
Os dados preocupam por uma série de motivos. Se você costuma ir ao mercado e analisar os preços vai concordar que não dá para comprar muita coisa com esse dinheiro. Agora imagine como seria passar o mês inteiro só com esse valor.
De acordo com especialistas há um risco grave de que o Brasil volte para o Mapa da Fome. Isso porque os números caminham para isso. Pelo menos é o que mostram os dados oficiais. E os “invisíveis” são as maiores preocupações neste sentido.
R$246
O Governo já confirmou que está trabalhando na produção da prorrogação do Auxílio Emergencial. A ideia, de acordo com o Planalto, é pagar quatro parcelas no valor de R$250. Quem recebesse isso sairia portanto desse grupo dos 13% mais pobres.
Seja como for, o Governo não vai pagar esse dinheiro para toda essa parcela da população. Eles irão fazer uma triagem. Além disso, não se sabe ao certo quando os pagamentos começariam. Isso porque o projeto tem um longo caminho para percorrer no Congresso Nacional.