Com a iminente queda na taxa básica de juros, que hoje está em 13,75%, o brasileiro voltou a estudar sobre a possibilidade de comprar um imóvel. Isso porque, quanto menor a taxa de juros, mais em conta sai o financiamento imobiliário. Apesar disso, mesmo com a expectativa de um cenário melhor para a compra, ainda surgem dúvidas sobre o que é melhor: adquirir um imóvel ou alugar? Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, um especialista relatou que as duas opções contam com prós e contras.
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Jarbas Thaunahy Santos de Almeida, professor de estatística e finanças da Strong Business School e autor do livro “Matemágica das finanças: o que você precisa saber antes de começar a investir”, por exemplo, explica que existem pontos positivos e negativos tanto para quem quer comprar, quanto para quem quer alugar um imóvel.
De acordo com ele, caso a pessoa não deseje se comprometer a longo prazo, o aluguel permite a mudança de residência com mais facilidade. “Isso é especialmente benéfico para quem tem planos de se mudar para outra cidade ou se está em uma fase de transição na vida, como um novo emprego ou casamento”, relata.
No entanto, explica o especialista, caso a pessoa já tenha uma estabilidade financeira sólida, o que inclui uma renda estável, reserva de emergência adequada e capacidade de lidar com os custos iniciais e contínuos da compra de um imóvel, como entrada, financiamento imobiliário, taxas e despesas de manutenção, a compra passa a ser um fato a se considerar.
“Se você está enfrentando incerteza financeira ou possui uma renda instável, alugar pode ser mais viável. Comprar um imóvel requer um investimento inicial significativo, como a entrada e outros custos associados, enquanto o aluguel geralmente exige um depósito de segurança e o pagamento do aluguel mensal”, pontua Almeida.
Segundo o professor, caso a pessoa precise morar em uma determinada área por um curto período, alugar é uma opção mais prática. Esse pode ser o caso, por exemplo, de estudantes universitários que planejam ficar em uma cidade apenas durante o período dos estudos ou profissionais designados para trabalhar temporariamente em outra região.
“Ao alugar um imóvel, a responsabilidade pela manutenção e reparos geralmente recai sobre o proprietário ou imobiliária. Isso pode ser benéfico se você não quiser se preocupar com essas questões ou se não tiver os recursos financeiros para lidar com as despesas de manutenção”, diz ele.
Ainda segundo o especialista, alugar permite que se aproveite o benefício de ter um lugar para morar sem assumir o compromisso financeiro de uma prestação de financiamento imobiliário, impostos, pagamento de juros e outras despesas associadas à propriedade.
Contudo, ele explica que é importante lembrar que alugar um imóvel significa que você não está construindo patrimônio e está pagando para morar em uma propriedade que não será sua.
Já a compra, relata o professor, deve ser pensada quando a pessoa tem planos futuros, ou seja, quando se pensa em estabelecer raízes em uma determinada área. De acordo com ele, um fato interessante é que o imóvel próprio traz benefícios, como a valorização.
De acordo com o professor, com taxas de juros favoráveis, a compra pode se tornar um atrativo. No entanto, ele ressalta que “não existe uma regra fixa para determinar a porcentagem exata da renda que deve ser comprometida com o financiamento de um imóvel, pois isso pode variar de acordo com a situação financeira individual e as circunstâncias pessoais de cada comprador”.
Apesar disso, o especialista explica que existe uma diretriz geralmente recomendada chamada de “regra dos 30%”. Nessa regra, estabelece-se que o valor do financiamento imobiliário, incluindo o pagamento mensal do empréstimo bancário, impostos e seguro, não exceda 30% da renda mensal bruta do comprador.
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