A qualidade do sono é um dos fatores essenciais para ter uma boa saúde. Há um mecanismo no organismo humano chamado ciclo circadiano, também conhecido por relógio biológico. Portanto, é ele que regula o sono e o apetite, duas reações que estão intimamente ligadas. Por isso, a alimentação pode ter influência direta no sono e o que se ingere durante o dia, principalmente antes de dormir, pode ter um papel muito importante para dormir com qualidade.
De acordo com especialistas, é necessário evitar, pelo menos duas horas antes de dormir, refeições volumosas e grandes quantidades de líquidos. Mas também alimentos de digestão lenta e gordurosos. Além de bebidas gaseificadas, cafeína, como café, chá preto ou verde. Além dos alimentos apimentados.
A alimentação é fundamental para a qualidade do sono. Portanto, ao ignorar essa relação, uma pessoa coloca em risco todo o funcionamento do corpo. De acordo com especialistas, a obesidade e o sono de qualidade tem relação.
A obesidade e a qualidade do sono
A obesidade apresenta múltiplas causas, portanto, é uma condição bastante complexa. Mas o que se pode, de fato, afirmar é que a obesidade compromete a saúde do sono. Seja de forma direta ou indireta. Apesar de não ser estabelecida uma relação causal, o alto ganho de peso e a privação de sono parecem estar relacionados.
O hábito alimentar ruim e o excesso de gordura corporal, especialmente no abdome e na região do pescoço, podem reduzir o espaço de passagem do ar pelas vias aéreas, favorecendo distúrbios como por exemplo, a apneia obstrutiva do sono.
Apesar da relação do sono com a má alimentação ser multifatorial, a apneia do sono é um distúrbio relacionado à piora da qualidade de vida e sono. Além de problemas de saúde como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.
A apneia deve ser investigada e tratada nos casos moderados e graves. No Brasil, um estudo publicado em 2019, mostrou que a prevalência da apneia obstrutiva do sono em adultos entre as idades de 30 a 69 anos pode chegar a 49,7% da população, de acordo com uma das medidas utilizadas na pesquisa.
Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.
Hábitos alimentares noturnos
Comer demais nunca foi sinônimo de saúde. Porém, quando o assunto é alimentação a noite, a situação é complicada. Isso porque durante a noite o metabolismo desacelera, portanto, o ideal é não ingerir muitas calorias para que não haja acúmulo de gordura.
Lanches mais leves são os ideais para o horário dessa noite. Além disso, o consumo de carboidrato após as 18h deve ser evitado também. Afinal, como dito, o metabolismo lento tem dificuldade de processar alimentos mais pesados.
A qualidade do sono vai depender dos hábitos de uma pessoa durante o dia. Um deles é quanto a sua alimentação. Afinal, como diz o ditado “dormir de barriga pesada dá pesadelo”.