A inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, desde 1999 é estabelecida anualmente uma meta para a inflação. Dessa forma, a meta tornou-se, desde essa época, um dos principais objetivos da política financeira do Brasil.
Atualmente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação de 3,25% para 2023. Isto é, com uma margem de tolerância para mais e para menos de até 1,5 ponto percentual. Logo, pode variar de 1,75 a 4,75%. Assim, isso indica que o Banco Central do Brasil deverá trabalhar para manter a inflação no padrão apontado.
Por que estabelecer uma meta para a inflação?
A meta da inflação é necessária devido ao seu impacto na economia de diferentes formas. Por exemplo, ao reduzir o poder de compra dos brasileiros e afetar a competitividade do país no cenário internacional. Além disso, uma inflação muito alta pode gerar incertezas sobre o equilíbrio econômico da nação.
Para atingir essa meta, o Banco Central do Brasil utiliza diversas ferramentas. Por exemplo, definir uma taxa de juros básica da economia (Selic). Além disso, a autarquia financeira mantém o controle de oferta da moeda e a intervenção no mercado de câmbio. Ademais, também regula a disponibilização de crédito.
Assim, o principal objetivo é manter a oferta de bens e serviços equilibradamente e evitar as pressões inflacionárias. O Brasil mantém a inflação na meta estabelecida nos últimos anos. Isso manteve um ambiente econômico previsível e relativamente estável. Logo, a meta para a inflação é importante. Afinal, ela garante equilíbrio e crescimento econômico no país.
O mercado está atento à inflação de 2023
Como foi visto, a inflação possui impacto significativo no mercado financeiro do país. Assim, quando há o aumento dos preços entre os bens e serviços, o poder de compra dos cidadãos diminui. Dessa maneira, a economia pode ser afetada, assim como os investimentos.
Dessa maneira, em uma situação de inflação alta, as empresas terão maior gasto na produção dos bens e serviços. Consequentemente, terá a margem de lucro afetada negativamente. Além disso, as empresas poderão ter dificuldades para fixar os preços de seus produtos. Dessa forma, a competitividade do mercado reduz.
Por outro lado, o mercado de títulos, o aumento da inflação também aumenta a taxa de juros. Pois, devido aos riscos da inflação, os investidores exigirão uma compensação. Logo, o impacto será negativo sobre os valores dos títulos, principalmente aqueles de longo prazo.
Para quem investe, a inflação poderá afetar também o poder de compra, principalmente dos investimentos que possuem rendimentos fixos. Por exemplo, títulos e os depósitos bancários. Assim, nessa situação, é necessário considerar os investimentos que protegem a economia da inflação. Ou seja, os investimentos que possuem rendimentos flexíveis como as ações de empresas, bem como os imóveis.
Na última semana, a projeção para a inflação do país em 2024 saltou de 3,93% para 4%. Além disso, a taxa Selic para 2024 é projetada em 10%. Atualmente, a taxa Selic é de 13,75% ao ano.