Ciro gomes (PDT), pré-candidato à presidência da República, afirmou nesta sexta-feira (17), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe não têm “inteligência e nem coragem” para mudar política de preços da Petrobras. Ao invés disso, afirmou o ex-governador do Ceará, a cúpula do chefe do Executivo e ele próprio ficam fazendo “teatrinho de briga e xingamentos”. “Pura demagogia eleitoreira e muito desespero”, disse ele.
A declaração de Ciro Gomes foi feita no Twitter. Na ocasião, ele tuitou que “deixaram a absurda política de preços correr solta durante todo governo”. “Começaram a tomar medidas paliativas – e erradas – nas vésperas das eleições e agora perderam totalmente o controle da situação”, afirmou.
Essa política de preços citada pelo pré-candidato foi implementada em 2016 pela Petrobras durante o governo do ex-presidente da República Michel Temer (MDB) e, desde então, fez com que o preço dos combustíveis passasse a se basear no preço do petróleo no mercado internacional.
Assim como publicou o Brasil123, a Petrobras anunciou nesta sexta, depois de 99 dias, novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras. De acordo com a estatal, os novos preços começam a valer neste sábado (18). Com o aumento, o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%). Já o diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro (alta de 14,26%).
De acordo com as informações, o anúncio preocupa Bolsonaro e sua equipe, pois a alta nos preços é vista como um entrave para o projeto de reeleição. Nesta sexta, inclusive, o chefe do Executivo foi enfático e afirmou que a Petrobras “traiu” os brasileiros ao voltar a reajustar os preços dos combustíveis. “É uma traição para com o povo brasileiro. O presidente da Petrobras, o diretor e seu conselho traíram o povo brasileiro”, disse Bolsonaro em entrevista a rádio 96 FM.
Ciro Gomes fala sobre teto ICMS
Nesta sexta, Ciro Gomes também tuitou que “o desespero é total” no governo “porque eles sabem que um simples reajuste decretado pela empresa derruba os supostos efeitos positivos da redução do ICMS”, em referência ao o projeto de lei aprovada na Câmara que fixa o teto de 17% para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.
“Ou seja: a população será duplamente punida porque terá menos verba para educação e saúde junto com preços altos de gasolina, diesel e gás. Tempestade perfeita”, completou Ciro Gomes ao comentar sobre o texto vai à sanção presidencial.
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