A união entre Geraldo Alckmin (sem partido) e o PT ainda não foi oficializada, mas o Partido dos Trabalhadores já conta com o apoio do ex-governador na disputa de Fernando Haddad (PT) ao Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com a jornalista Andreia Sadi, a informação é que Alckmin rodará o interior de São Paulo com Fernando Haddad para ajudá-lo na tentativa de ser o novo governador do estado paulista.
Segundo a comunicadora, a estratégia é garantir que as bases tradicionais de apoio de Alckmin sejam convencidas que a melhor opção contra o bolsonarismo é eleger Haddad em São Paulo. Ainda conforme Andreia Sadi, o candidato do PT afirma que o melhor a se fazer é “começar pelo segundo turno”.
Nesse sentido, o iminente candidato ao governo paulista confessa que Alckmin pode ser o “fiel da balança” para derrotar o adversário que, segundo pesquisas do PT, será o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Relação de Alckmin com Haddad
De acordo com as informações, a possível ajuda de Alckmin tem muita chance de acontecer, pois ele e Haddad têm uma boa relação desde 2013, quando o petista era prefeito e o até então tucano governador do estado. À época, durante os protestos por conta do aumento da passagem de ônibus em São Paulo, Alckmin ligou para Haddad afirmando que iria apoiá-lo em qualquer que fosse a decisão tomada sobre o tema.
Na ocasião, o prefeito paulista dizia que não havia recebido nenhuma carta-branca igual a de Alckmin do PT e nem da presidente da época, Dilma Rousseff. Por conta do gesto de Alckmin, a decisão de abaixar o preço da passagem de ônibus foi dada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, como um gesto de que a prefeitura e o governo estadual estavam alinhados.
Figura para neutralizar o “terrorismo”
Hoje, além da ajuda ao PT para voltar ao comando de São Paulo, a esperança é que Alckmin acabe com o que os membros do Partido dos Trabalhadores chamam de “terrorismo” do mercado. Isso porque muitos empresários e empresas são contra o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder por conta de suas decisões populistas.
Devido a este fato, Alckmin terá a função de “neutralizar” o medo do mercado em relação às possíveis ações de Lula. Recentemente, o ex-presidente afirmou que, caso eleito, mudará a política de preços da Petrobras, que hoje é baseada levando em conta o preço do petróleo, que é em dólar, por exemplo.
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