Depois de ter derrotado o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas, o Partido dos Trabalhadores (PT) focará em deixar o chefe do Executivo inelegível, evitando assim que ele ressurja como uma força política competitiva em 2026, como acontece atualmente nos Estados Unidos com Donald Trump.
Bolsonaro consultou Exército sobre judicializar eleições, mas não teve apoio; entenda
Segundo a jornalista da “Globo News”, Andreia Sadi, para isso, a equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) focará agora na ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que acusa o atual chefe do Executivo, seu filho Carlos Bolsonaro (PL) e outros integrantes da cúpula bolsonarista, de promoveram um “ecossistema de desinformação”.
De acordo com a denúncia do PT, apresentada durante as eleições, o foco desse “ecossistema” seria manipular os eleitores e influenciar o resultado do pleito de 2022 de forma ilegal. A ação está sob relatoria do ministro Benedito Gonçalves, que determinou a abertura de investigação.
Em sua decisão, o ministro pediu para que Carlos Bolsonaro, o presidente e os outros acusados sobre as alegações do PT, se pronunciassem sobre as alegações, sem, no entanto, revelar se aceita o pedido final feito pela sigla, que solicitou a cassação dos registros eleitorais dos investigados para torná-los inelegíveis por oito anos.
Bolsonaro e a ‘sombra de Trump’
Hoje, informou Andreia Sadi, existe o receio de que aconteça no Brasil o que vem sendo registrado nos Estados Unidos. Por lá, o ex-presidente Donald Trump, que é admirado por Bolsonaro, continua com uma popularidade alta e muito provavelmente tentará voltar para a Casa Branca.
Assim como Bolsonaro, Donald Trump também é apontado como um disseminador de informações falsas para convencer eleitores. Além disso, o ex-chefe da Casa Branca também é acusado de ter estimulado atos antidemocráticos porque não aceitava sua derrota para o atual presidente americano Joe Biden.
Nesta semana acontecem as eleições do Congresso dos Estados Unidos e os republicanos têm boas chances de conquistar entre 10 e 25 novas cadeiras na Câmara. Caso isso realmente aconteça, será mais que suficiente para que a base de Donald Trump seja a maioria, o que já acontece no Senado. Essa conjuntura pode favorecer para que ele tente voltar à Casa Branca em 2024, ano em que ocorrerão as eleições americanas.
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