O Partido dos Trabalhadores (PT) pretende reviver a fórmula adotada em 2003, quando o ministro da economia era um político, e não um economista de carreira, como é o caso de Paulo Guedes, atual chefe da pasta.
A informação é da jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, que afirma que, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito, a ideia seria reeditar o que foi feito em 2003, quando o partido indicou Antonio Palocci para comandar a pasta – ele era um médico que havia acabado de se tornar prefeito da cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Segundo Andreia Sadi, essa informação tem circulado entre empresários e integrantes do mercado financeiro. Por conta disso, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, se pronunciou afirmando que Lula “não tem compromisso de botar um economista” para comandar a Economia caso seja eleito.
“O Lula já falou que pode ser um político. Ele não tem compromisso de botar um economista, pode ser um político, mas ele é quem vai decidir, nada definido ainda: ele sabe o que fazer na economia, não é Bolsonaro – mas falar em nomes, isso é especulação, não tem nada disso”, disse a chefe do Partido dos Trabalhadores.
De acordo com a jornalista, empresários ouviram que ainda não há um nome para a economia caso Lula seja eleito. No entanto, existem possibilidades, como os nomes dos ex-governadores Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão), Jaques Wagner (Bahia) e Wellington Dias (Piauí).
Essa indecisão tem intrigado empresários, que reclamam de um interlocutor fixo do partido. Hoje, Lula tem evitado ir a encontros sobre o tema. Por conta disso, o PT tem enviado nomes variados, como o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Recentemente, Guido Mantega participou de um evento em São Paulo e negou que Lula faria um governo “socialista”. Segundo empresários, o ex-ministro afirmou que, caso eleito, o petista fará um “governo de centro”, apostando na criação de um programa de investimentos públicos, na ampliação do Auxílio Brasil e mudando pontos da reforma trabalhista.
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