O Partido dos Trabalhadores (PT) pediu, nesta terça-feira (05), que o Ministério Público (MP) investigue as denúncias de que obras na mansão do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que saiu da empresa após acusações de assédio moral e sexual, foram pagas pelo banco estatal.
TCU passa a investigar as denúncias contra Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa
De acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”, as obras foram realizadas em julho de 2020, quando quatro funcionários de uma empresa que mantém contratos com a Caixa teriam realizado serviços de manutenção em seus prédios e agências. Ainda conforme a “Folha”, servidores da Caixa disseram que o custo da obra foi de aproximadamente R$ 50 mil.
Segundo o senador Humberto Costa (PT), que foi quem assinou o pedido enviado ao MP, a suposta prática não se trata de caso isolado, mas sim de um fato corriqueiro. Nesse sentido, ele, representando a legenda, afirma que ficou evidenciando “a total inobservância aos princípios mais basilares da Administração Pública, em especial o da moralidade”.
Ainda segundo o senador, é necessário dar “início a um procedimento para entender mais adequado sobre as denúncias”. “As investigações devem acontecer para promover a apuração de eventual ato de improbidade administrativa nos termos da Lei 8.429/92 dado o flagrante prejuízo causado ao Erário em virtude de pagamento supostamente indevido realizado pela instituição financeira”, disse o parlamentar.
De acordo com José Luis Oliveira Lima, que é criminalista e atua na defesa de Pedro Guimarães, em entrevista ao do jornal “Folha de S.Paulo”, as obras realmente foram realizadas. No entanto, ele afirmou que essas benfeitorias foram autorizadas pelo setor de segurança após supostas ameaças recebidas pelo ex-presidente do banco. Além do advogado, a Caixa também confirmou as obras, afirmando que elas estão relacionadas à segurança do então presidente e que são previstas em normas internas.
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