O colunista do portal “UOL” Kennedy Alencar revelou nesta quinta-feira (19) que o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados políticos pretendem lançar uma ofensiva política e jurídica mais forte visando tentar evitar a concretização do processo de privatização da Eletrobras.
De acordo com o comunicador, a avaliação é que uma eventual batalha para reestatizar a empresa caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito possa sair caro demais tanto politicamente quanto financeiramente.
Recentemente, o ex-chefe do Executivo já demonstrou ser contra o processo. Isso porque ele afirma considerar a empresa como sendo fundamental para a política pública na área energética.
A opinião não é compartilhada pelo atual do governo, visto que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende vender ações da Eletrobras, reduzindo assim o percentual atual que pertence à União de 72% para 45%, tornando a empresa uma companhia privada.
Conforme vem publicando o Brasil123, a ideia é fazer o leilão de venda de ações já em junho. Isso porque existe a avaliação de que, caso a operação não ocorra no mês que vem, poderá haver complicações por questões de calendário e ainda uma maior resistência política à privatização, visto que este se trata de um ano eleitoral.
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Segundo Kennedy Alencar, no PT, existe uma discussão sobre o que o partido deve fazer. Em um primeiro momento, afirma o colunista, ficou firmado que a tática será espalhar críticas e ações judiciais com o objetivo de impedir a privatização.
Em segundo lugar, a legenda quer decidir o que fará caso a venda seja realmente concretizada. De acordo com o comunicador, Lula tem recebido diferentes opiniões para caso a privatização seja confirmada. De um lado, alguns aliados dizem que seria importante comprar a briga pela reestatização para uma eventual fusão com a Petrobras com o objetivo de criar uma grande empresa de energia de capital misto (estatal e privado).
No entanto, existem outros conselheiros que dizem que, caso concretizada, seria muito difícil reverter a privatização. Neste caso, restaria ao ex-chefe do Executivo endurecer suas críticas contra a medida, dizendo que a venda de um patrimônio público será prejudicial ao interesse do país.
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