Agora é oficial: Luiz Inácio Lula da Silva será o representante do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais deste ano. O anúncio, que contou com a presença de representantes da federação partidária Brasil da Esperança, formada por PT, PC do B e PV, foi feito nesta quinta-feira (21) em um hotel no Centro de São Paulo, capital, mas não teve Lula como um dos presentes.
O ex-presidente não esteve no encontro porque está em Recife, no Pernambuco. A ausência de Lula repete uma ocorrência registrada em 2018, quando o ex-chefe do Executivo se ausentou da convenção nacional do PT que confirmou que ele seria o candidato da legenda na época.
Na ocasião, ele não pôde ir porque estava preso por conta do caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo – o PT chegou a registrar a candidatura de Lula, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o ato, pois o ex-presidente estava inelegível segundo a Lei da Ficha Limpa.
Com a decisão do TSE, quem acabou sendo o representante do PT nas eleições daquele ano foi o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que neste ano tentará ser eleito com governador do estado paulista. Fernando Haddad foi para o segundo turno, mas acabou perdendo para Jair Bolsonaro (PL).
Neste ano, todavia, Lula poderá disputar as eleições normalmente, visto que, no ano passado, uma decisão do ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF), que é presidente do TSE, anulou condenações proferidas pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato e tornou lula elegível mais uma vez.
Essa será a sexta vez que Lula participará de uma eleição como candidato à presidência. O ex-chefe do Executivo será o primeiro nome ao cargo representando uma federação partidária, modalidade de união criada em 2021 – nas federações partidárias, as legendas que compõem o grupo devem atuar como se fosse uma só durante, pelo menos, quatro anos.
Hoje, Lula é quem lidera as pesquisas de intenções de voto. Na última pesquisa eleitoral, revelada pelo instituto DataFolha no começo deste mês, Lula apareceu com 45% das intenções de votos enquanto Bolsonaro contabilizou 27%.
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