O desembargador Mário Helton Jorge, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, decidiu unir as ações em que o PT e o PL pedem a cassação do mandato do senador Sérgio Moro. Com isso, alegando suposto abuso de poder econômico e caixa dois.
Além disso, o magistrado considerou que as imputações das legendas têm uma conexão entre si. Uma vez que se referem ao ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça. Assim, a decisão visa consolidar os processos e analisá-los de forma conjunta.
Magistrado vê conexão e junta processos envolvendo Moro
Com a decisão assinada nesta terça (13), as ações que pedem a cassação do mandato do senador Sérgio Moro tramitarão em conjunto, seguindo o parecer do Ministério Público Eleitoral.
Além de Moro, os suplentes da chapa também estão sendo alvo dos processos. A defesa da chapa nega todas as acusações e o desembargador Mário Helton Jorge, responsável pelo caso, determinou diligências e compartilhamento de provas entre as investigações.
Com a decisão de unificar os processos, haverá um andamento mais organizado e eficiente das investigações relacionadas à cassação do mandato do senador Sérgio Moro. O desembargador Mário Helton Jorge solicitou informações aos partidos envolvidos e determinou diligências para coletar provas. Com isso, a defesa de Moro nega todas as acusações e será dada a oportunidade de ouvir as testemunhas indicadas pelas partes envolvidas.
Deltan deve ser testemunha a favor de Moro
Os advogados de Sérgio Moro indicaram apenas uma testemunha nas ações movidas contra ele: o ex-deputado Deltan Dallagnol. Assim, Dallagnol teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral sob alegação de fraude à Lei da Ficha Limpa para se candidatar nas eleições de 2022.
Nesse sentido, o desembargador responsável pelo caso despachou as ações uma semana após a cassação de Dallagnol pela Câmara dos Deputados. Houve especulações sobre a possibilidade de Moro também perder o mandato. Contudo, o desembargador negou os pedidos de diligências dos partidos envolvidos, como busca e apreensão no apartamento de Moro e quebra de sigilos.
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O que o PL imputa ao ex juiz
O partido PL alega, em uma ação em andamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que a pré-campanha de Sérgio Moro foi irregular e causou desequilíbrio eleitoral. Com isso, eles argumentam que desde o momento em que Moro divulgou sua filiação ao Podemos e sua pré-candidatura à presidência da República, até sua eleição como senador pelo União Brasil, houve uma conduta que prejudicou o processo eleitoral no Paraná.
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