O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira (15) afirmando que vai ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) representar contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O motivo: uma suposta propaganda eleitoral antecipada do chefe do Executivo, que esteve em uma motociata nesta sexta em São Paulo.
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De acordo com o PT, o ato de Bolsonaro, inclusive, “caracteriza-se como uma reincidência. No documento, o partido informou que ainda está examinando “outras medidas cabíveis” contra o chefe do Executivo.
Motociata de Bolsonaro
Em ritmo de campanha, Bolsonaro se renuiu com centenas de motociclistas. Na ocasião, ele atacou o Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula (PT), o WhatsApp e até mesmo os próprios ministros do TSE.
“Uma participação fantástica. Demonstra que a população quer democracia, liberdade, respeito, transparência. Que o ideal seja a legalidade. Então, está de parabéns aqui o povo de São Paulo”, disse Bolsonaro na ocasião.
Em outro momento, o presidente afirmou que só as imagens podem mostrar o que o povo realmente quer, pois “valem mais do que 1 milhão de palavras”. “A atenção por um Brasil realmente livre, próspero e com liberdade total. Não é apenas de ir e vir. É liberdade de opinião, de expressão, de credo… É esse o Brasil que nós queremos. E, por isso, eu dou a minha vida”, disse.
Essa não foi a primeira vez que PT representa o presidente por conta de uma suposta propaganda eleitoral antecipada. Ao todo, foram cinco representações. Duas, inclusive, foram enviadas ao TSE na quinta (14). Dessas, uma é referente a uma motociata, assim como a que aconteceu nesta sexta em São Paulo. O evento, todavia, aconteceu em Ibiporã, no Paraná, no começo deste mês.
De acordo com especialistas que deram entrevistas para o portal “UOL”, a motociata, que contou com a presença de políticos, como o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), que é pré-candidato ao governo de São Paulo, pode sim ser considerada campanha eleitoral antecipada.
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