Reginaldo Lopes (PT), deputado líder de seu partido na Câmara, enviou nesta terça-feira (21) uma representação criminal ao procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior contra os responsáveis por um pilotar um drone que, assim como publicou o Brasil123, despejou substâncias químicas contra militantes petistas na semana passada.
Na representação, que foi assinada também pelo deputado estadual Cristiano Silveira (PT), pede-se a abertura de um procedimento investigatório criminal para apurar a ação com o drone, além da apreensão de itens como celulares, documentos e o próprio drone.
“A atitude dos Representados exige resposta enérgica deste órgão ministerial e do judiciário, não se permitindo, pois, que o tratamento legal se restrinja a mera Ocorrência de fato tido por ofensa à normas administrativas ou a honra dos presentes”, começaram os deputados.
“A sociedade exige a sujeição dos Representados às penalidades da lei e a responsabilização exemplar de seus atos criminosos com a instauração da competente ação penal, processo de julgamento e demais providências”, afirmaram os dois na representação.
Em um primeiro momento, foi divulgado que o drone havia despejado fezes e urina nos militantes que aguardavam o início de um evento com as presenças do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) em Uberlândia, Minas Gerais.
Depois, no entanto, passou-se a circular nas redes sociais vídeos mostrando supostos operadores falando em uso de veneno no drone, que é utilizado para atividades agrícolas, como a lavoura.
Na ocasião, por conta do ataque, pessoas que estavam no local precisaram correr. Algumas dessas pessoas tentaram arremessar pedras no equipamento, mas foram contidas por seguranças, que alegaram que as pedras poderiam voltar e acertar os próprios manifestantes. Relembre o vídeo do caso:
A hora que o veneno acaba o drone apita? pic.twitter.com/kZ8iGKcB8m
— AntonioGarciaS. Deus-Pátria-Família e Liberdade. (@AGarciaS1611) June 16, 2022
Após a confusão ter acabado, Lula discursou e comentou sobre o caso, disparando que algo como o relatado não poderia ter sido feito por “um ser humano normal”. “Não pode ser uma pessoa normal, um canalha que coloca um drone para jogar sujeira em cima de homem, mulher e crianças que estão aqui. Não é um ser humano normal”, disse Lula, que ainda afirmou na ocasião que o fato também foi um ataque à democracia.
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