Juliano Medeiros, presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), revelou nesta segunda-feira (05) que o diretório nacional da legenda dirigida por ele, já tem data para decidir se irá ou não compor o governo do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com ele, a definição irá ocorrer no próximo dia 17.
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Durante as eleições deste ano, o PSOL integrou o grupo de partidos que apoiaram Lula, que venceu o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o pleito. Hoje, o partido é cotado para pelo menos dois postos na Esplanada dos Ministérios, Cidades e Povos Originários, mas deputados federais do partido dizem que a legenda deve adotar uma postura de independência.
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, o presidente da sigla relatou que alguns parlamentares avaliam que o partido não pode ser uma espécie de satélite do Partido dos Trabalhadores (PT), pois precisa ter liberdade para se posicionar de maneira diversa ao do Palácio do Planalto em discussões no Congresso Nacional. “A decisão será tomada dia 17 em uma reunião do diretório nacional do partido. Até lá, teremos muito debate interno”, afirmou Juliano Medeiros.
Criado em 2004 por ex-membros do PT, o PSOL hoje faz parte de uma federação liderada pelo Rede Sustentabilidade. Durante a entrevista, o presidente da sigla relatou que é favorável à composição com o novo governo. “Não acredito que a posição de lavar as mãos diante das dificuldades de um governo que ajudamos a eleger irá predominar”, relatou ele.
Hoje, uma decisão de optar pela postura de independência pode interferir na nomeação do partido na Esplanada dos Ministérios e ainda atrapalhar os planos eleitorais da legenda para 2024. Neste ano, em troca da decisão do deputado federal eleito, Guilherme Boulos, em não se lançar candidato à presidência, Lula sinalizou que vai apoiar o parlamentar à prefeitura de São Paulo.
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