O Partido Social Democrático (PSD) se tornou mais uma legenda aliada ao Partido dos Trabalhadores (PT) a reclamar da atual articulação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reclamação aconteceu nesta segunda-feira (20), após o anúncio de um instituto federal no interior de São Paulo.
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Em Ribeirão Preto, cidade do interior de São Paulo, o Ministério da Educação (MEC) revelou a criação de um instituto federal de educação. O lançamento da iniciativa, todavia, foi feito em parceria com o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira (PSDB), que nas eleições passadas, apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com informações do portal “G1”, para piorar a situação e o descontentamento do PSD, durante a solenidade, Ricardo Silva, que é filiado ao PSD, aliado do PT e opositor do prefeito de Ribeirão Preto, sequer foi convidado para o lançamento do instituto federal, localizado em seu reduto eleitoral.
Conforme o portal a bancada do PSD na Câmara dos Deputados utilizou esse e outros argumentos para, assim, poder convocar uma reunião de emergência com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Segundo os relatos, uma outra insatisfação do partido é quanto ao espaço que a legenda tem tido no governo Lula. A sigla reclama que partidos como União Brasil e MDB hoje aparecem com dois ministérios cada um. Em contrapartida, o PSD soma apenas uma pasta, a da Pesca, recém criada pela gestão de Lula.
Não bastassem essas reclamações, a legenda também está insatisfeita com o fato de que a gestão Lula destinou ao partido a gerência de uma pasta que não conta com nenhuma autarquia ou órgão regional em sua estrutura.
Conforme o portal, membros do partido ainda ressaltam que, as legendas que fazem parte do Centro, o PSD é a mais fiel. Segundo o “G1”, um deputado do PSD lembrou que a sigla, em comparação, por exemplo, com o MDB e União, foi a que mais entregou votos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e a que menos tem assinaturas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos.
Nesse sentido, a informação é que o partido, a partir de reuniões internas, tenda a traçar estratégias que visem conseguir meios de requisitar mais atenção e mais espaço do governo. “O Planalto ganhou mais uma sigla descontente para administrar e contemplar”, afirmou um integrante do PSD.
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