Devido aos impasses que são apresentados ao Governo para questões que impactam diretamente na chegada do Auxílio Brasil, uma nova prorrogação do auxílio emergencial não é descartada e tem até sido fonte de pressão política.
No entanto, até mesmo para essa alternativa existem também diversos impasses, pois a ala econômica não é favorável, por questões do impacto na economia.
“No formato de um auxílio emergencial, a gente tem fortes restrições ao desenho que está sendo proposto”, declarou o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, nesta terça-feira (28).
Novas parcelas para o auxílio emergencial
O Ministro da Cidadania, João Roma, não descarta uma nova prorrogação do auxílio emergencial. Tal medida seria uma forma de manter a ajuda aos vulneráveis em decorrência das dificuldades impostas pela pandemia.
De acordo com declaração de Roma realizada ao Estadão, a discussão da nova extensão “está na mesa”.
“É preciso que haja um esforço do Estado brasileiro para proteger 25 milhões de cidadãos”, defende o ministro. O público ao qual o João Roma se refere contempla aqueles que atualmente recebem o auxílio emergencial e que ficariam de fora do novo programa social que vem sendo trabalhado, o Auxílio Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro também deu uma declaração que foi interpretada como uma possível projeção da prorrogação ainda em 2021.
Em evento realizado nesta terça-feira (28), em Teixeira de Freitas, na Bahia, Bolsonaro afirmou:
“Temos que trabalhar sim, para atender a esses que ainda não retornaram ao mercado de trabalho. O Brasil é grande e próspero. Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e, pedimos a Deus que essa pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar à normalidade”.
De acordo com informações de bastidores, a coluna do jornalista Lauro Jardim, do O Globo, aponta que existe um discreto trabalho do governo no sentido de manter o benefício até dezembro com os mesmos valores atuais, e ir diminuindo gradativamente ao passar de 2022.
Novo programa social
O planejamento do governo federal ia de encontro à implementação do Auxílio Brasil, uma reformulação do Bolsa Família, ainda em novembro, ocasião na qual teria sido concluído o auxílio emergencial.
No entanto, para financiar o Auxílio Brasil ainda este ano, o governo precisa obrigatoriamente indicar uma fonte de recursos que possa bancar o programa, e o governo trabalha com a reforma do imposto de renda e os precatórios nesse sentido.
Contudo, tais medidas estão paradas no Congresso para análise, o que aumenta ainda mais as incertezas a respeito do benefício.
Além disso, o governo precisa correr contra o tempo, uma vez que medidas como o Auxílio Brasil não são permitidas em ano eleitoral, o que ocorre em 2022.
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