Foi aprovado nesta quinta-feira (12) na Câmara dos Deputados, em uma votação simbólica, isto é, sem a contagem de votos, um projeto que visa criar o Dia Nacional do Cristão. Agora, o texto, que estabelece que a celebração será anual e acontecerá no primeiro domingo de junho, vai ao Senado.
Câmara rejeita pedido de urgência para aprovação do projeto que criminaliza fake news
O texto foi apresentado por dois deputados: Eli Borges (PL) e Soraya Manato (PTB). Nesta quinta, não houve nenhuma discussão sobre o tema no plenário da Câmara, pois os inscritos para falar do assunto não estavam presentes e o projeto foi aprovado.
Ao apresentar a proposta, Soraya Manato havia dito que a criação do Dia Nacional do Cristão atende ao critério de alta significação, que é usado para instituir datas comemorativas. Na ocasião, ela apresentou números do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou que 87% dos brasileiros professam a fé cristã no país.
Segundo ela, para além da relevante expressão numérica, tem-se o impacto do cristianismo na sociedade brasileira. “Os cristãos ocupam espaço na política, na mídia, no esporte e na cultura do país. Bem como representa significativo papel em questões sociais, de assistência, dignidade humana e combate às drogas e à fome”, disse.
Ainda conforme a deputada, a escolha do primeiro domingo de junho como marco da celebração não foi por acaso e tem como justificada datas de quatro concílios que tem em comum atividades no mês de julho, sendo eles:
- Nicéia (ano 325);
- Dois em Constantinopla (anos 381 e 553);
- E um em Éfeso (ano 431).
Projetos religiosos na Câmara
Nas últimas semanas, o plenário da Câmara tem discutido pautas de interesse da bancada religiosa. Além da criação de uma data nacional para os cristãos, os deputados aprovaram, assim como publicou o Brasil123, a urgência na análise de um projeto que proíbe a introdução de mudanças em novas edições da Bíblia. Outra proposta, incluída na pauta, mas ainda não votada, foi a criada com o intuito de promover garantias e direitos para o livre exercício da crença e dos cultos religiosos.
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