A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que regulamenta o sistema especial de inclusão previdenciária, previsto na Constituição Federal para os segurados de famílias de baixa renda, incluindo os informais.
Assim, de acordo com o texto, o contribuinte individual pertencente à família de baixa renda, e não enquadrado como microempreendedor individual (MEI), contará com uma alíquota diferenciada de 5% sobre o salário mínimo, e não mais de 11%, como é apresentado hoje.
Atualmente, a contribuição de 5% é garantida apenas para o segurado que é MEI. A equiparação das alíquotas foi então proposta pela relatora do projeto, deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Para ela, não há “razoabilidade em manter essa diferenciação”.
Previdência
O projeto original, PL 326/15, é do deputado Valmir Assunção (PT-BA) e altera a Lei Orgânica da Seguridade Social.
Carmen Zanotto apresentou um substitutivo para adequar o texto à última reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103), já que o projeto é anterior a ela.
A saber, a proposta aprovada também considera de baixa renda a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) com renda mensal seja de até três salários mínimos.
Durante a votação, a relatora defendeu o sistema especial de inclusão previdenciária, que é voltado para os segurados de famílias de baixa renda.
“Antes da instituição desse sistema, era inviável para a maior parte dos trabalhadores por conta própria e também para os sem renda própria que se dedicam ao trabalho doméstico aportar regularmente suas contribuições para o sistema previdenciário”, disse a deputada.
Tramitação
O projeto tramita agora em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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