Um Projeto de Lei (PL) com o número 3.324/2023, de autoria da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), trouxe um novo alento para mulheres que sofrem violência doméstica. Esse projeto busca tornar as mulheres vítimas de violência um grupo prioritário para receber o benefício do Bolsa Família.
O principal objetivo é oferecer apoio financeiro para que essas mulheres possam conquistar a independência e buscar uma vida mais segura e autônoma.
Esse grupo de mulheres é, frequentemente, bastante vulnerável, já que muitas delas podem se encontrar presas em relacionamentos abusivos, sem meios viáveis de lidar com a situação ou encontrar qualidade de vida para si mesmas.
No entanto, é importante ressaltar que o projeto ainda não foi aprovado oficialmente, mas a discussão em torno desse tema é de suma importância e pode resultar em mudanças significativas na priorização do repasse do Bolsa Família.
Enquanto o projeto ainda tramita, é possível que mulheres que precisam sair de lares abusivos e viver de forma independente se cadastrem no CadÚnico para receber o Bolsa Família como uma família unipessoal.
Caso o Projeto de Lei seja aprovado, ele acelerará a concessão do benefício, proporcionando acolhimento e encorajamento para que mais mulheres possam deixar para trás uma história de dor e sofrimento.
É importante acompanhar a evolução desse projeto, pois ele pode significar uma mudança significativa na vida de muitas mulheres, oferecendo-lhes uma oportunidade de recomeço e um futuro mais seguro e promissor.
Importância do Benefício para as Mulheres
A importância crucial desse suporte para mulheres é inegável.
Infelizmente, é uma realidade conhecida que muitas mulheres que sofrem violência doméstica enfrentam dificuldades financeiras para conquistar independência. Essa situação as torna vulneráveis e presas em um ciclo perigoso, dependendo inteiramente de seus agressores e correndo riscos para sua integridade e vida.
Nesse contexto, o Projeto de Lei tem uma missão essencial: priorizar o repasse de renda para essas mulheres. Com essa medida, busca-se reduzir a violência contra elas, pois teriam recursos para viver de forma autônoma, sem depender financeiramente de seus agressores.
Embora essa medida não seja a única solução para o problema da violência contra mulheres, ela representa uma esperança para aquelas que necessitam de apoio financeiro para enfrentar tais situações. Vale lembrar que esse assunto é complexo e envolve várias camadas que precisam ser discutidas e abordadas de forma ampla.
Enquanto o Projeto de Lei não é aprovado, é importante ressaltar que as mulheres podem e devem denunciar casos de violência e buscar auxílio em abrigos ou centros de apoio em suas cidades.
Por enquanto aguardamos por mais novidades sobre essa proposta, é fundamental continuar promovendo a conscientização sobre a violência contra a mulher e buscando soluções para garantir a segurança e o bem-estar de todas as vítimas.
Câmara aprova protocolo para prevenir a violência contra mulheres em bares, boates e shows onde bebidas alcoólicas são consumidas
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (1º) o projeto que institui um protocolo de combate e prevenção à violência contra a mulher em locais como casas noturnas, boates, espetáculos musicais em locais fechados, shows com venda de bebida alcoólica e competições esportivas.
O protocolo, conhecido como “Não é Não”, em alusão ao movimento “Me Too”, tem o objetivo de enfrentar dois tipos de agressões contra as mulheres: o constrangimento, caracterizado por insistência física ou verbal após a manifestação de discordância, e a violência, que compreende o uso da força resultando em lesão, danos, morte e outras situações previstas em lei.
De acordo com a proposta aprovada, os estabelecimentos deverão garantir que, pelo menos, um membro da equipe esteja capacitado para executar o protocolo, e devem divulgar em locais visíveis informações sobre como acionar o protocolo, incluindo os telefones de contato da Polícia Militar e da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180).
Caso seja identificado um possível constrangimento, os funcionários devem assegurar que a vítima seja informada de seus direitos e oferecer assistência. O local também pode tomar medidas para encerrar a situação agressiva por iniciativa própria.
Já nos casos em que houver indícios de violência, o protocolo estabelece que o estabelecimento deve proteger a mulher, adotar as medidas de apoio previstas, afastá-la do agressor, garantir a livre escolha de seu acompanhante, colaborar para identificação de possíveis testemunhas e solicitar a presença da Polícia Militar ou de outro agente público competente. Além disso, o local deve preservar as imagens e garantir os direitos da denunciante por, no mínimo, 30 dias.
A lei permite que cada estabelecimento crie seu próprio protocolo interno de alerta para casos de violência. Para prevenir constrangimentos e violências, os estabelecimentos podem adotar ações adequadas para preservar a integridade física e psicológica da vítima, bem como subsidiar a atuação dos órgãos de saúde e segurança pública.
Além disso, o estabelecimento pode remover o ofensor do local e impedir sua reentrada até o término das atividades, nos casos de constrangimento, e pode criar um código próprio divulgado nos banheiros femininos para que as mulheres possam alertar os funcionários sobre a necessidade de ajuda.
O projeto agora segue para análise do Senado, sendo uma importante medida para fortalecer a proteção e a segurança das mulheres em locais de entretenimento e eventos com venda de bebida alcoólica.