Os analistas do mercado financeiro continuam acreditando que a inflação no Brasil subirá mais que o esperado em 2022. As novas projeções mostram que a taxa inflacionária deverá chegar a 7,89% neste ano, superando os 7,65% projetados na semana anterior. Aliás, esta é a 16ª semana consecutiva de alta das estimativas dos analistas.
Para 2023, também houve elevação das projeções para a inflação, de 4,00% para 4,10%. Já para 2024 e 2025, as taxas ficaram estáveis em 3,20% e 3,00%, respectivamente. Todos estes dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central (BC).
Em resumo, a publicação ocorre de maneira semanal e traz projeções de mais de cem instituições do mercado financeiro sobre indicadores econômicos do Brasil. Já a inflação do país é dada através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou a maior variação para março em 28 anos.
Analistas também elevam projeções para o PIB brasileiro em 2022
A publicação também trouxe as novas projeções dos analistas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em suma, o mercado financeiro elevou pela quinta semana consecutiva as projeções para o PIB neste ano, de 0,65% para 0,70%. Já para os três anos seguintes, a taxa se manteve estável em 1,00% para 2023 e em 2,00% para 2024 e para 2025.
O mercado financeiro continua acreditando que o dólar encerrará este ano cotado a R$ 5,00, assim como na semana passada. Para 2023, a taxa avançou de R$ 5,00 para R$ 5,04, mas caiu para 2024 (R$ 5,05 para R$ 5,00) e 2025 (R$ 5,10 para R$ 5,02). Seja como for, os analistas ainda não acreditam que o dólar encerrará os próximos anos abaixo dos R$ 5,00.
Por fim, o relatório Focus também revelou que as projeções para a taxa básica de juros do país, a Selic, se mantiveram estáveis em 13,25% ao ano para 2022. Em síntese, o BC se reuniu em março para definir os juros do Brasil, e decidiu elevar a Selic para 11,75%, maior patamar desde abril de 2017.
Para 2023, a taxa caiu de 9,25% ao ano para 9,00% ao ano, mas ficou estável para 2024 (7,50% ao ano) e 2025 (7,00% ao ano).
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