O programa Mais Médicos voltará à ativa no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelou neste sábado (18) Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. De acordo com ele, a iniciativa, inaugurada em 2013 na gestão Dilma Rousseff (PT) e conhecida por contratar médicos estrangeiros, principalmente cubanos, dará prioridade aos brasileiros nessa volta.
Esse programa sofreu resistências nos últimos anos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que optou por criar, assim que assumiu o poder, em 219, o Médicos pelo Brasil, criado para substituir o programa petista, o que na prática não aconteceu, pois, na realidade, os dois programas estavam existindo de forma concomitante.
“O Mais Médicos está de volta! Na próxima segunda ocorre o lançamento do programa, que além de ampliar o número de profissionais na saúde, vai trabalhar para melhorar o SUS com investimentos para construção e reformas de Unidades Básicas, ampliando o atendimento no Brasil”, publicou Paulo Pimenta em sua conta do Twitter.
Segundo o ministro, durante o governo Dilma, o programa chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios ao contratar mais de 18 mil profissionais. Não suficiente, o ministro afirmou que o programa beneficiou 63 milhões de brasileiros.
“O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS. Com retomada do Mais Médicos será incluído profissionais especializados em diversas áreas para ampliar o atendimento à população, com incentivos de permanência nos municípios. Além disso, terá prioridade para os médicos brasileiros”, complementou Paulo Pimenta.
Programa Mais Médicos: prioridade do governo
Em janeiro, o governo federal anunciou que, na área da saúde, o programa Mais Médicos era considerado uma das “prioridades máximas” na gestão de Lula. Na ocasião, Nésio Fernandes, médico sanitarista e secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, relatou que o Brasil voltaria a recrutar médicos estrangeiros atuarem no país.
“É possível adotar uma estratégia única de provimento de médicos unificando o Médicos pelo Brasil e o programa Mais Médicos. Vamos retomar um grande movimento para garantir médicos em todos os municípios brasileiros”, disse Nésio Fernandes na oportunidade.
De acordo com ele, em um primeiro momento, as vagas abertas no programa serão oferecidas aos médicos brasileiros, tanto os com registro nos conselhos regionais quanto os formados no exterior. Depois disso, as vagas restantes serão ofertadas aos médicos vindos de outros países, como Cuba.
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