Na Rússia, alguns trabalhadores estão tendo prioridade na vacinação contra a Covid-19. O país, que anunciou que já imunizou mais de 100 mil pessoas, afirma que professores, profissionais de saúde e assistentes sociais recebem as doses primeiro.
De acordo com o governo isso está acontecendo porque esses profissionais estariam em uma situação de maior perigo. São empregados que estão em contato constante com outras pessoas. Dessa forma, eles precisariam receber as doses antes.
É portanto uma escolha bem diferente da que deve acontecer aqui no Brasil. Por aqui, de acordo com o Ministério da Saúde, a divisão das etapas não vai acontecer por classe profissional. Pelo menos não na primeira fase.
Quem deve receber primeiro aqui no Brasil são as pessoas com mais de 75 anos. Os professores não entram nesse primeiro lote porque eles pararam de trabalhar de forma presencial nesta pandemia. Dessa forma, eles acabam precisando menos neste momento.
De acordo com o Governo russo, a vacina de lá se chama Sputinik V. É portanto uma homenagem para o satélite da Rússia. Mas talvez seja também uma certa provocação aos Estados Unidos. Ainda nos tempos de União Soviética, os dois países protagonizaram uma corrida espacial na Guerra Fria.
Professores, médicos e assistentes
O Governo russo afirma que a eficácia da sua vacina é de 95%. Seja como for, ela é uma das mais polêmicas entre todas no mundo. É que a própria Organização Mundial de Saúde (OMS), já alfinetou a produção dela.
A vacinação na Rússia começou no último sábado (4). Curiosamente, nesse dia o país registrou o seu recorde de novos casos. Foram quase 29 mil em 24 horas. Seja como for, o Governo afirma que não há nenhuma possibilidade de um novo decreto de lockdown.