Um caso inusitado foi registrado no Rio de Janeiro nesta semana, informou a Polícia Civil nesta sexta-feira (03). De acordo com a corporação, investigadores descobriram que vítimas de um sequestro desfeito pela entidade eram, na realidade, “professores” criminosos e o ato foi motivado por vingança.
Segundo a Polícia Civil, a vingança em questão partiu de alunas das vítimas, que contrataram os sequestrados, que formam uma quadrilha de estelionatários, para receber cursos de como praticar o delito.
Em nota, a Polícia Civil revelou que Vinícius Rodrigues de Jesus Silva, Filipe Marques Ribeiro e um terceiro homem, não identificado, ensinavam seus alunos a aplicarem golpes de cartão de crédito, usar boletos falsos, roubar dados bancários e extorquir pessoas pelo celular.
Todavia, após ensinar as alunas, os “professores” não repassaram o dinheiro dos primeiros golpes aplicados pelas pupilas que, como forma de vingança, decidiram se vingar dos “professores”.
De acordo com a corporação, essa vingança aconteceu quando as mulheres, duas de Brasília, uma de Minas Gerais e outra de São Paulo, entregaram os criminosos a homens que os sequestraram e exigiram um resgate de R$ 350 mil para que eles fossem liberados.
“Professores” torturados
Conforme mostram imagens liberadas pela Polícia Civil, os “professores” foram torturados. Por conta disso, um perdeu um pedaço do dedo, outro da orelha e um terceiro foi esfaqueado. O trio foi encontrado na terça-feira (31) em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
No fim das contas, informou a corporação, todos foram autuados. Os sequestradores, dois no total, pelo sequestro, cárcere privado e tortura; e os estelionatários, por uso de documento falso, falsidade ideológica e associação para o crime. As mulheres são as únicas que ainda estão livres, mas a polícia já iniciou a procura por elas.
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