Professores da rede pública entram em greve contra o Governo Bolsonaro e a volta às aulas em 2021. Para eles, ainda é cedo para pensar em aulas presenciais, tanto para os alunos quanto para os próprios profissionais. A categoria exige que sejam vacinados como os principais grupos de risco após idosos e especialistas de saúde.
Semana passada, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, havia anunciado a volta de mais de 1500 escolas na rede municipal. Já no quesito estadual, o governo havia deixado para o dia 1º de março, priorizando os 70 mil alunos que não possuem acesso à internet.
Outros locais já estão com datas marcadas, como é o caso de Santa Catarina. O governador Carlos Moisés está deixando livre para que a decisão seja tomada pelo município. No caso de Brusque, começam dia 08 de fevereiro com o estilo de rodízio em que uma parte das semanas é na escola e outra parte é online. Muitos profissionais também estão insatisfeitos com a situação.
Neste sábado (30), os professores do Rio de Janeiro votaram uma petição online criada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ). Os professores da rede pública entram em greve com 84,5% de votos a favor de todos os 387 votantes.
Greve Pela Vida
O movimento foi batizado e nomeado com o nome Greve Pela Vida. O recomendado pelo sindicato é que os educadores não retornem para a escola quando forem convocados em fevereiro. Enquanto isso, o Sepe-RJ afirmou que irá tomar todas as medidas judiciais necessárias para barrar a decisão tomada pela prefeitura do Rio de Janeiro.
Argumentam que voltar às aulas em plena pandemia em seu segundo estágio, irá causar aumento da lotação de leitos e mortes. Em um ambiente em que há inúmeras crianças, fica difícil fazer o controle de todas para que evitem o contágio.
A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) afirmou que irá respeitar a decisão tomada, mas também diz que é crucial que, após um ano inteiro parados, as crianças e adolescentes voltem para o espaço escolar. Ainda não se sabe o que irá ocorrer e qual a escolha tomada ao final em cada um dos lados.
Em suma, acredita-se que professores da rede pública entram em greve também em outros estados, mas não há nada aprovado e concordado ainda.