A produtividade do trabalho nos Estados Unidos amargou um péssimo resultado no terceiro trimestre deste ano. A saber, o indicador despencou 5,2% na comparação com o trimestre anterior. Essa é a maior queda trimestral registrada desde 1960, ou seja, em mais de 60 anos.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o recuo superou as projeções de analistas, que acreditavam em uma queda de 5,0% no período. Já em relação ao terceiro trimestre de 2020, a produtividade caiu bem menos (-0,6%).
Aliás, vale lembrar que diversas atividades econômicas sofreram fortemente em 2020 com a pandemia da Covid-19. A crise sanitária provocou a perda de milhões de empregos em todo o planeta. E nem mesmo a maior economia mundial conseguiu escapar ilesa dos impactos da pandemia.
Inclusive, os EUA chegaram a registrar um recorde histórico de pedidos de auxílio-desemprego logo no início da crise sanitária, decretada em março do ano passado. Em resumo, houve 6,867 milhões de solicitações registradas na semana encerrada em 28 de março de 2020. A título de comparação, o pico de solicitações durante a crise entre 2007 e 2009 chegou a “apenas” 664 mil.
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Além disso, o Departamento do Trabalho norte-americano revelou que os custos unitários de trabalho saltaram 9,6% entre julho e setembro. Da mesma forma, o número também veio acima do esperado pelo mercado, cuja projeção indicava alta de 8,4% no período. Em suma, isso aconteceu devido ao aumento de 3,9% na remuneração por hora, além da redução de 5,2% da produtividade.
Na última semana, o Departamento do Trabalho informou que os EUA criaram 210 mil postos de trabalho formal em novembro. Esse valor ficou bem abaixo do resultado de outubro (379 mil vagas) e decepcionou as projeções de analistas, que acreditavam na criação de 573 mil vagas no mês.
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