A produção de veículos no país cresceu 1.075,8% de maio a outubro deste ano. Contudo, apesar do avanço nestes seis meses seguidos, o nível do setor ainda está 9,1% abaixo do registrado em fevereiro. A propósito, a pandemia da Covid-19 foi decretada em março. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira, dia 2.
Em resumo, a influência positiva de 4,7% de veículos automotores, reboques e carrocerias foi a mais relevante em outubro, na comparação com setembro. Além disso, também houve impactos positivos de: metalurgia (3,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), máquinas e equipamentos (2,2%) e produtos de metal (2,8%). Da mesma forma, também influenciaram o resultado do mês: couro, artigos para viagem e calçados (5,7%), produtos de minerais não-metálicos (2,3%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,0%) e produtos de borracha e de material plástico (2,1%). Aliás, estas atividades já haviam registrado avanços em setembro.
Produtos alimentícios provocaram maior impacto negativo
De acordo com o IBGE, das 26 atividades pesquisadas, 11 tiveram variação negativa em outubro. A saber, o principal impacto negativo veio dos produtos alimentícios (-2,8%). Em suma, a queda interrompeu três meses seguidos de avanços, que acumularam expansão de 4,3%. As indústrias extrativas também provocaram impacto negativo, de -2,4%. No entanto, neste caso, a atividade sofreu a segunda queda consecutiva, acumulando perda de 7,0%.
Ao mesmo tempo, também houve decréscimos relevantes nas seguintes atividades: coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-1,2%), produtos de fumo (-18,7%) e outros produtos químicos (-2,3%).
Levantamento da produção industrial
Os dados sobre a produção de veículos fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Em síntese, o levantamento produz indicadores de curto prazo sobre o comportamento das indústrias extrativa e de transformação. Vale ressaltar que a série sofreu reformulações no decorrer dos anos, mas isso não implicou ruptura das séries históricas iniciadas em 2002.
Por fim, a produção industrial do Brasil avançou 1,1% em outubro deste ano, na comparação com setembro. Aliás, esta é a sexta alta seguida, após os crescimentos registrados em maio (8,7%), junho (9,6%), julho (8,6%), agosto (3,4%) e setembro (2,8%). O total acumulado neste seis meses chegou a 39,0%, o que eliminou as perdas de 27,1% acumuladas entre março e abril, início da pandemia da Covid-19 no país. A saber, o recuo nestes meses levou a produção industrial ao nível mais baixo da série histórica.
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