A produção nacional de veículos cresceu 5,4% em 2022, na comparação com o ano anterior. A saber, o resultado anual foi mais expressivo que o de 2021 graças à retomada da produção das montadores do país. Isso porque, em 2021, a pandemia da covid-19 afetou significativamente a produção nacional.
Por outro lado, as vendas de veículos caíram 0,7% na comparação com o ano anterior. Em suma, o Brasil vendeu 2,104 milhões de unidades em 2022 e não conseguiu superar a marca de 2021, quando 2,120 milhões de veículos foram vendidos.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os dados na sexta-feira (6).
Ao considerar apenas dezembro, as montadoras do país produziram 191,5 mil veículos no país. Na comparação com novembro, a produção caiu 11,3%, enquanto o recuo na base anual foi de 9,2%.
Já os emplacamentos dos veículos totalizaram 216,9 mil unidades no último mês do ano passado.
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Exportações de veículos crescem no mês
A Anfavea também revelou que as exportações tiveram um desempenho bastante expressivo em 2022. Em suma, 480,9 mil veículos foram vendidos para o exterior, o que representa um crescimento de 27,8% em relação ao ano anterior.
“O que não deixa de ser surpreendente, dadas as restrições de comércio exterior impostas pela Argentina em crise, nosso maior parceiro comercial”, afirmou a entidade, mostrando-se surpresa com o resultado expressivo.
“Em contrapartida, o sensível crescimento dos embarques para todos os outros mercados latino-americanos, em especial México, Colômbia e Chile, permitiram esse bom resultado no ano”, acrescentou, explicando o aumento das exportações em relação a 2021.
Vale destacar que o setor automotivo sofreu bastante no início do ano passado. Em resumo, a falta de diversos componentes, principalmente os chips semicondutores, afetaram a produção nacional. E isso recaiu sobre as vendas, que também se enfraqueceram. No entanto, o país conseguiu superar essa fase desafiadora.
“Depois de um primeiro quadrimestre muito difícil em função da falta de semicondutores, o setor acelerou o ritmo e conseguiu atender parte da demanda reprimida nos mercados interno e externos”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
Por fim, ele afirmou que o acesso ao crédito deverá ser o principal desafio de 2023. “Precisamos de juros mais baixos para atrair mais compradores para os veículos novos, sobretudo os modelos de entrada. Além disso, temas como a reindustrialização e a descarbonização nos impõem desafios e oportunidades”, afirmou.
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