A produção nacional de aço bruto cresceu 14,5% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2020. Com o acréscimo do resultado, o volume produzido alcançou 3 milhões de toneladas no mês. Já no acumulado do ano, a produção totaliza 21 milhões de toneladas, crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, o consumo aparente de aço no país saltou 23,9% quando comparado ao nível registrado em julho do ano passado. Com isso, o volume da produção atingiu 2,4 milhões de toneladas no período. Entre janeiro e julho, o consumo aparente de produtos siderúrgicos no Brasil alcançou 16,4 milhões de toneladas. Isso corresponde a um forte avanço de 44,9% frente o nível do mesmo período de 2020.
“Os números mostram que a indústria brasileira do aço está produzindo e atendendo seus clientes em volumes superiores àqueles verificados antes do início da pandemia da Covid-19, não se justificando, portanto, pedidos de redução do imposto de importação de produtos siderúrgicos apresentados ao governo”, afirmou o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.
“O mercado encontra-se plenamente abastecido e sem qualquer excepcionalidade que justifique tal iniciativa”, acrescentou Marco Polo. Segundo ele, os dados de julho fizeram o Instituto revisar sua estimativa de consumo aparente de aço em 2021. Agora, a projeção é que o indicador cresça 24% em relação a 2020, atingindo 26,6 milhões de toneladas consumidas no Brasil. Aliás, o Instituto Aço Brasil divulgou os dados nesta quinta (19).
Produção de aço também acumula avanço no ano
Além disso, os dados do Instituto mostraram que as vendas internas de aço atingiram 2 milhões de toneladas em julho, alta de 11,2% em um ano. No acumulado de 2021, por sua vez, houve a comercialização de 14,1 milhões de toneladas de aço, disparada de 38,4% no comparativo anual.
Em resumo, o presidente Marco Polo ainda ressaltou que a capacidade produtiva da commodity segue em excesso no mundo. Isso está gerando “práticas predatórias de comércio”, obrigando diversos países a adotarem medidas para se protegerem disso, como “a taxação das importações de aço em 25% nos EUA e salvaguardas para importação de produtos siderúrgicos na Europa”.
“Como consequência, países com excedente de produção estão desviando suas exportações de aço para mercados sem proteção, como é o caso do Brasil e demais países da América do Sul, o que requer cuidado e responsabilidade na avaliação de pleitos dessa natureza.”, acrescentou.
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