A produção mundial de aço seguiu crescendo em julho, mas em ritmo bem mais reduzido. E tudo graças à China, maior produtor de aço do planeta. A saber, o país asiático vem adotando medidas para diminuir as emissões, provocando ajustes na commodity. Aliás, a associação World Steel, que reúne 85% da produção mundial de aço, divulgou os dados nesta terça-feira (24).
Em resumo, as siderúrgicas mundiais produziram 161,7 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos em julho. Isso corresponde a um aumento de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2020. Apesar do crescimento, a taxa ficou bem inferior à registrada em junho, quando a produção disparou 11,6% no comparativo anual.
O que explica essa forte desaceleração no ritmo mundial é a atuação da China, cuja produção tombou 8,4% em um ano, para 86,8 milhões de toneladas. Aliás, o país asiático respondeu por 53,7% da produção mundial de aço, ou seja, o resultado chinês afeta fortemente o saldo mundial.
Vale ressaltar que a China vem impondo restrições à produção de aço no país há semanas. O governo chinês afirma que as medidas têm o objetivo de cumprir metas ambientais. E a principal medida adotada é reduzir a produção de aço para, consequentemente, diminuir a emissão no país.
Como a adoção das medidas começou a vigorar há poucas semanas, a produção no acumulado do ano ainda se mostra bastante expressiva na China. Em suma, o país produziu 649,3 milhões de toneladas, aumento de 8% no comparativo anual.
Ritmo da produção fora da China segue crescendo
Embora a produção de aço na China siga caindo, os demais países vêm registrando crescimento em suas taxas. A saber, a Índia, segundo maior produtor mundial de aço, atingiu a marca de 9,8 milhões de toneladas, alta de 13,3% em um ano. Já no acumulado de 2021, o aumento é ainda mais expressivo (28,7%), para 68 milhões de toneladas.
Da mesma forma, o Japão, terceiro maior produtor mundial de aço, alcançou 8 milhões de toneladas em julho, disparada de 32,5% em 12 meses. De janeiro a julho, a produção de aço do país chegou a 56,1 milhões de toneladas, crescimento de 16,2%.
Os Estados Unidos produziram 7,5 milhões de toneladas, enquanto a Rússia produziu 6,7 milhões, avanços de 37,9% e 13,4%, respectivamente. No acumulado do ano, os EUA produziram 49,5 milhões de toneladas de aço, alta de 18,5%, e a Rússia produziu 44,9 milhões, aumento de 9,2%. Vale destacar que os dados da Rússia são estimados.
Por fim, em relação ao Brasil, nono maior produtor mundial de aço, o crescimento chegou a 14,5% em um ano, para 3,0 milhões de toneladas. Entre janeiro e julho, o país produziu 21 milhões, alta de 22%.
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