A produção mundial de aço caiu em agosto. E isso aconteceu devido à China, maior produtor mundial de aço. A saber, o país asiático vem adotando medidas para diminuir as emissões para cumprir metas ambientais, o que vem provocando ajustes na commodity. Aliás, a associação World Steel, que reúne 85% da produção mundial de aço, divulgou estes dados nesta quinta-feira (23).
Em resumo, as siderúrgicas mundiais produziram 156,8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos em agosto. Isso corresponde a uma queda de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2020. Esse recuo já era esperado, visto que a taxa havia disparado 11,6% em junho e desacelerado fortemente para 3,3% em julho, no comparativo anual.
Esses expressivos recuos no ritmo mundial acontecem, principalmente, por causa da atuação da China. Em suma, a produção do país asiático tombou 13,2% em relação a agosto de 2020, totalizando 83,2 milhões de toneladas. Em julho, a produção da China havia caído 8,6% na comparação anual.
Esses recorrentes tombos ocorrem porque a China vem impondo restrições à produção de aço no país há meses. O governo chinês afirma que as medidas têm o objetivo de cumprir metas ambientais. E o país vem reduzindo a produção de aço para diminuir a emissão no país.
Produção acumulada no ano continua positiva
A adoção das restrições na produção de aço na China fez o resultado mundial ficar negativo em agosto. No entanto, no acumulado do ano, a produção ainda se mostra bastante expressiva no planeta. Em suma, a produção de aço entre janeiro e agosto deste ano soma 1,32 bilhão de toneladas, o que representa um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período de 2020.
Embora a produção de aço na China siga caindo, os demais países vêm registrando crescimento em suas taxas. A saber, a Índia, segundo maior produtor mundial de aço, atingiu a marca de 9,9 milhões de toneladas, alta de 8,2% em um ano.
Da mesma forma, o Japão, terceiro maior produtor mundial de aço, alcançou 7,9 milhões de toneladas em agosto, disparada de 22,9% em 12 meses. Por sua vez, os Estados Unidos produziram 7,5 milhões de toneladas, alta de 26,8% da produção no comparativo anual.
Por fim, em relação ao Brasil, nono maior produtor mundial de aço, o crescimento chegou a 14,1% em um ano, para 3,1 milhões de toneladas. Entre janeiro e julho, o país produziu 24,1 milhões, alta de 20%.
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