A produção industrial cresceu pelo quarto mês seguido, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira, dia 2, houve alta de 3,2% em relação ao mês anterior. O avanço foi registrado em todas as grandes categorias econômicas. Além disso, 16 dos 26 ramos pesquisados também subiram quando comparados aos dados de julho.
Apesar da sequência de altas mensais, a produção industrial acumula uma queda de 8,6% no ano de 2020. Em relação a agosto do ano passado, o indicador também retraiu, tendo uma variação negativa de 2,7%. A média móvel trimestral, por outro lado, cresceu 6,9%.
As grandes categorias também cresceram
Em resumo, todas as grandes categorias pesquisadas registram alta no mês de agosto. O destaque ficou com os bens de consumo duráveis, com um aumento de 18,5%. Aliás, foram eles que puxaram a alta da produção industrial no mês. Apesar de subirem, as outras categorias apresentaram uma variação menor, abaixo da média da indústria. Bens de capital e bens intermediários tiveram variação positiva de 2,4% e 2,3%, respectivamente. Já os bens de consumo semiduráveis e não duráveis cresceram 0,6% em relação a julho.
Os bens de consumo duráveis apresentaram expansão em sua produção pelo quarto mês seguido. O acumulado nesse período representa um forte avanço de 524,2%. Contudo, o segmento ainda está 3,0% abaixo do valor alcançado em fevereiro deste ano. Da mesma forma, os outros segmentos também cresceram pelo quarto mês consecutivo, porém de maneira mais tímida: bens de capital (76,4%), bens intermediários (25,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (25,0%).
Categorias econômicas caem no acumulado do ano, como a produção industrial
Assim como houve queda na produção industrial, as grandes categorias econômicas também caíram no acumulado do ano. A pandemia da Covid-19 provocou fortes impactos na economia de todo o planeta, e não foi diferente no Brasil. Em suma, os dados mostram que os segmentos estão mostrando reação e vêm se recuperando, mas ainda não superaram por completo o tombo de março e abril.
Os bens de consumo duráveis caíram 30,1% no ano de 2020. Entre todas as grandes categorias, esta foi a maior retração até agosto. A redução na fabricação de automóveis, com uma queda de 45,6%, contribuiu fortemente para o resultado. Já os bens de capital retraíram 20,2%, pressionados, principalmente, pela redução de 34,9% de bens para equipamentos de transporte. A queda 14,5% nos bens para fins industriais também puxou a queda.
Por fim, o segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis caiu 9,0% no acumulado do ano. Desta forma, estes três setores apresentaram quedas superiores à retração da média nacional em 2020, que foi de 8,6%. Em outras palavras, apenas os bens intermediários tiveram uma redução menor que a registrada na produção industrial, de 4,2%.
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