A produção industrial do Brasil apresentou variação nula (0,0%) em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. O resultado sucede o avanço de 1,4% observado em maio, quando a produção nacional voltou a subir após três meses seguidos de queda.
Embora o resultado não tenha apresentado variação no comparativo mensal, o nível saltou 12% em relação a junho de 2020. Aliás, este forte aumento acontece após os dois maiores avanços já registrados pela série histórica nessa base comparativa, em abril (34,7%) e em maio (24,0%) deste ano. A saber, a taxa positiva registrada em junho é a décima consecutiva no comparativo anual.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (3). A série histórica teve início em janeiro de 2002 e, de lá pra cá, informa o desempenho da indústria brasileira mensalmente.
De acordo com o IBGE, a produção industrial do país emendou nove meses de crescimento, entre maio de 2020 e janeiro de 2021, período em que disparou 42,3% e eliminou as perdas de 27,1% observadas entre março e abril de 2020, início da pandemia.
Vale ressaltar que, mesmo com diversos meses de avanço, a indústria encerrou 2020 recuando 4,5%. Já em 2021, apesar das recentes quedas, o acumulado no ano está positivo em 12,9%. Além disso, a produção industrial avançou 6,6% nos últimos 12 meses, em comparação ao mesmo período de 2020.
Grandes categorias econômicas caem e impedem avanço da produção
De acordo com o IBGE, três das quatro grandes categorias econômicas caíram em junho. O único resultado positivo veio dos bens de capital (1,4%), com o terceiro avanço positivo seguido. Neste período, a categoria acumulou crescimento de 5,9%.
Em contrapartida, as outras três categorias econômicas registraram queda em suas taxas. O maior tombo veio de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,3%), que eliminou parte do avanço de 3,6% no mês anterior. Aliás, o avanço em maio interrompeu três meses de queda, que acumularam redução de 11,5%.
Da mesma forma, os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,6%) e bens intermediários (-0,6%) também caíram no mês. No primeiro caso, os bens emendaram a sétima queda seguida, período em que acumula perda de 16,7%. Já o segundo grupo acumula recuo de 2,3% em três meses seguidos de retração.
Por fim, 14 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE tiveram queda em sua produção em junho. Esse resultado, somado aos outros citados anteriormente, contribuiu para que o setor industrial do país apresentasse variação nula no sexto mês do ano.
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