A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou seu levantamento mais recente sobre a indústria brasileira. De acordo com a Sondagem Industrial, a produção do setor no país cresceu 1,7 ponto em julho na comparação com o mês anterior, atingindo 53,7 pontos.
A saber, esse é o terceiro mês seguido de resultados positivos para o segmento industrial do país. Em resumo, o indicador varia de 0 a 100 pontos, e os 50 pontos correspondem à linha de corte. Isso quer dizer que resultados superiores a 50 pontos indicam aumento de produção. Em contrapartida, taxas inferiores mostram queda nos resultados em relação ao mês anterior.
De acordo com o a CNI, o indicador que mede a atividade industrial do Brasil ficou acima de 50 pontos em 9 dos últimos 13 meses. As exceções foram dezembro do ano passado (46,8 pontos), e janeiro (48,2 pontos), fevereiro (47,1 pontos) e abril (46,0 pontos) deste ano. Já em maio (52,8 pontos) e junho (52,0 pontos), houve resultados positivos, que continuaram em julho.
Veja detalhes do emprego no setor industrial do país
A CNI também revelou que o indicador relacionado ao número de empregados nas indústrias do país subiu para 0,5 ponto entre junho e julho, para 52 pontos. Com esse avanço, completou 13 meses sem cair para menos de 50 pontos, ou seja, o emprego no setor segue em alta, uma vez que este é o nível que separa avanço de queda.
Desde julho do ano passado que o indicador de emprego industrial não fica abaixo de 50 pontos. Dos 13 meses, apenas em abril deste ano que a taxa ficou exatamente em 50 pontos. Já nos outros meses, o nível superou a linha de corte do indicador.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os estoques da indústria caíram em julho e continuam em níveis baixos. “Mas situação é melhor que no segundo semestre de 2020, quando a falta de insumos atingiu o ponto mais crítico”, ressaltou.
Por fim, os empresários industriais mostram otimismo com as expectativas para os próximos seis meses. Em suma, eles esperam que haja crescimento das exportações e demanda, o que impulsionaria o emprego e a compra de matérias-primas. “A alta utilização da capacidade instalada e a expectativa de aquecimento da demanda têm elevado a intenção de investimento”, afirmou Azevedo.
Leia Mais: Lançamento de imóveis cresce 72% no trimestre encerrado em maio