A produção industrial do Brasil caiu 0,7% em agosto deste ano, na comparação com o mês anterior. Esse é o terceiro resultado negativo, período em que a indústria brasileira acumula perdas de 2,3%. Os dados fazem parte da série com ajuste sazonal.
Da mesma forma, a produção caiu em relação a agosto de 2020 (-0,7%). Aliás, este recuo interrompe uma sequência de 11 taxas positivas consecutivas nessa base comparativa. Inclusive, a perda de fôlego de recuperação da indústria já indicava que a queda viria.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta terça-feira (5). A série histórica teve início em janeiro de 2002 e, de lá pra cá, informa o desempenho da indústria brasileira mensalmente.
De acordo com o IBGE, a produção industrial do país cresceu por nove meses seguidos, entre maio de 2020 e janeiro de 2021, período em que disparou 42,3% e eliminou as perdas de 27,1% observadas entre março e abril de 2020, início da pandemia. Contudo, o nível voltou a ficar abaixo do nível de fevereiro de 2020 com as recentes quedas.
Vale ressaltar que, mesmo com diversos meses de avanço, a indústria encerrou 2020 recuando 4,5%. Já em 2021, o acumulado no ano está positivo em 9,2%. Além disso, a produção industrial avançou 7,2% nos últimos 12 meses na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores.
Grandes categorias econômicas caem e puxam produção para baixo
De acordo com o IBGE, três das quatro grandes categorias econômicas caíram em agosto. O maior tombo veio novamente dos bens de consumo duráveis, que despencaram 3,4% em relação a julho. Esse foi o oitavo mês seguido de queda da categoria, que acumula perdas de 25,5% no período.
Também caíram em agosto os bens de capital (-0,8%) e os bens intermediários (-0,6%). No primeiro caso, o recuo interrompeu quatro meses conseutivos de avanço. Já em relação ao segundo grupo, esse foi o quinto recuo seguido, período em que o segmento acumula perdas de 3,9%.
A única exceção foram os bens de consumo semi e não-duráveis, que subiram 0,7% na comparação mensal. O grupo intensificou o avanço registrado em julho, de 0,5%.
Por fim, 15 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE caíram em agosto. Esse resultado, somado aos outros citados anteriormente, contribuiu para que o setor industrial do país recuasse pelo terceiro mês seguido.
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