A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou seu levantamento mais recente sobre a indústria brasileira. De acordo com a Sondagem Industrial, a produção do setor no país manteve a trajetória de crescimento em agosto, quarto mês seguido de alta.
Embora a produção tenha crescido, o indicador desacelerou 0,7 ponto em relação a julho, atingindo 53,0 pontos. Em resumo, o indicador varia de 0 a 100 pontos, e os 50 pontos correspondem à linha de corte. Isso quer dizer que resultados superiores a 50 pontos indicam aumento de produção. Em contrapartida, taxas inferiores mostram queda nos resultados em relação ao mês anterior.
De acordo com o a CNI, o indicador que mede a atividade industrial do Brasil ficou acima de 50 pontos em 10 dos últimos 14 meses. As exceções foram dezembro do ano passado (46,8 pontos), e janeiro (48,2 pontos), fevereiro (47,1 pontos) e abril (46,0 pontos) deste ano. Já em maio (52,8 pontos), junho (52,0 pontos) e julho (53,7 pontos), os resultados ficaram positivos.
Veja detalhes do emprego no setor industrial do país
A CNI também revelou que o indicador relacionado ao número de empregados nas indústrias do país subiu 0,3 ponto entre julho e agosto, para 52,3 pontos. Com esse avanço, o indicador completou 14 meses sem registrar taxas inferiores a 50 pontos. Isso quer dizer que o emprego no setor industrial segue em alta há mais de um ano.
Em suma, desde julho do ano passado que o indicador de emprego industrial não fica abaixo de 50 pontos. Dos últimos 14 meses, apenas em abril deste ano que a taxa ficou exatamente em 50 pontos. Já nos outros meses, o nível superou a linha de corte do indicador.
Segundo o levantamento, os estoques da indústria ficaram praticamente estáveis em agosto, mas continuam em níveis baixos, em 49,7 pontos. Nos últimos 13 meses, apenas em março que os estoques registraram avanço (50,7 pontos). Apesar de se manter abaixo dos 50 pontos, o nível cresceu 0,7 ponto, para 49,7 ponto, e fica mais próximo da linha de corte.
Por fim, a CNI revelou que os índices de expectativas recuaram em setembro. No entanto, todos continuam acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários do setor seguem otimistas. Da mesma forma, o índice de intenção de investimento recuou no mês, mas continua acima bem acima da média histórica.
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