A produção industrial do Brasil caiu 0,2% em novembro de 2021 na comparação com o mês anterior. Esse é o sexto resultado negativo consecutivo, período em que a indústria brasileira acumula perdas de 4,0%. A saber, os dados fazem parte da série com ajuste sazonal.
Da mesma forma, a produção também caiu em relação a novembro de 2020, e o tombo foi bem mais expressivo, de 4,4%. Essa é a quarta queda seguida após uma sequência de 11 taxas positivas nessa mesma base comparativa.
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quinta-feira (6). A série histórica teve início em janeiro de 2002 e, de lá pra cá, informa o desempenho da indústria brasileira mensalmente.
De acordo com o IBGE, a produção industrial do país cresceu por nove meses seguidos, entre maio de 2020 e janeiro de 2021, período em que disparou 42,3% e eliminou as perdas de 27,1% observadas entre março e abril de 2020, início da pandemia da Covid-19. Contudo, o nível voltou a ficar abaixo do nível de fevereiro de 2020 com as quedas dos últimos meses.
Vale ressaltar que, mesmo com diversos resultados positivos, a indústria encerrou 2020 em queda de 4,5%. Já em 2021, o acumulado no ano está positivo em 4,7%, mesmo com os recentes tombos. Além disso, a produção industrial acumula alta de 5,0% nos últimos 12 meses.
Veja desempenho das grandes categorias no mês
De acordo com o IBGE, apenas uma das quatro grandes categorias econômicas caiu em novembro. A saber, este recuo foi suficiente para puxar a produção industrial para baixo no mês. A propósito, o tombo de 3,0% dos bens de capital eliminou os ganhos de 1,8% registrados em outubro.
Por outro lado, os bens de consumo duráveis figurou como a única alta em novembro (0,5%). Esse avanço interrompeu uma sequência de dez meses consecutivos de queda, período em que o setor acumulou perdas de 29,0%.
Já os segmentos de bens intermediários (0,0%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) tiveram variação nula em novembro. Dessa forma, “interromperam, respectivamente, oito e dois meses seguidos de taxas negativas, com perdas acumuladas de 5,0% e 1,5% nesses períodos”, disse o IBGE.
Por fim, 19 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE caíram em novembro. Esse resultado, somado aos outros citados anteriormente, contribuiu para que o setor industrial do país recuasse pelo sexto mês seguido.
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