A produção industrial do Brasil encerrou maio avançando 1,4%, na comparação com o mês anterior. E a alta foi impulsionada pelo crescimento registrado em 11 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento.
A saber, 7 das 11 subidas superaram a média nacional. Em resumo, os principais resultados positivos vieram de: Goiás (4,8%), Minas Gerais (4,6%), Ceará (4,4%), Rio de Janeiro (4,3%), São Paulo (3,9%), Mato Grosso (3,4%) e Espírito Santo (2,1%).
Os outros quatro avanços registrados em maio foram não superaram a variação nacional, mas ajudaram a impulsionar a produção industrial brasileira no mês. A propósito, vieram de: Pernambuco (1,4%), Amazonas (0,5%), Rio Grande do Sul (0,3%) e Santa Catarina (0,1%).
Por outro lado, a produção industrial de quatro locais caiu em maio. Estes resultados limitaram a variação nacional no mês e vieram do Paraná (-1,4%), Bahia (-2,1%), Pará (-2,1%) e Região Nordeste (-2,8%). Aliás, o IBGE divulgou os dados nesta quinta-feira (8).
De acordo com o instituto, as variações indicam que a situação do setor voltou apresentar taxas positivas, após períodos de queda por causa das medidas adotadas para conter a disseminação da pandemia da Covid-19 no país. Por sinal, os piores momentos da crise sanitária no Brasil, até agora, ocorreram entre março e abril deste ano.
Confira as variações mensais, trimestrais e anuais
O avanço da produção industrial do Brasil na comparação mensal foi bem menos expressivo do que a variação anual. Em suma, a taxa disparou 24,0% nessa base comparativa, puxada pelo avanço em 12 dos 15 locais pesquisados.
Vale destacar as variações do Amazonas (98,2%) e Ceará (81,1%), bem mais intensas que a taxa nacional. Em seguida vieram Santa Catarina (38,7%), Espírito Santo (37,9%), Minas Gerais (32,3%), São Paulo (31,4%) e Rio Grande do Sul (29,3%), que superaram o avanço nacional.
Os outros avanços vieram do Paraná (23,7%), Rio de Janeiro (15,1%), Pernambuco (13,3%), Pará (4,7%) e Região Nordeste (20,2%). Por isso, as únicas retrações vieram da Bahia (-17,7%), Mato Grosso (-2,2%) e Goiás (-0,3%).
Apesar dos crescimentos mensal e anual, a média móvel trimestral caiu no período (-0,8%). Assim, emendou o segundo mês de queda, após nove taxas positivas consecutivas nessa base comparativa. Aliás, as quedas mais acentuadas foram registradas na Bahia (-8,5%), Região Nordeste (-6,2%) e Ceará (-4,5%).
Por sua vez, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, 11 dos 15 locais pesquisados avançaram, fazendo a produção industrial subir 13,1% no período. As maiores altas vieram do Amazonas (27,1%), Santa Catarina (26,7%), Ceará (25,3%) e Rio Grande do Sul (22,6%), enquanto a queda mais intensa ficou com a Bahia (-16,3%).
Por fim, nos últimos 12 meses, dez locais registraram taxas positivas, o que fez a indústria brasileira subir 4,9% no período. Em síntese, os maiores avanços vieram do Amazonas (13,3%), Ceará (10,8%), Rio Grande do Sul (9,7%) e Pernambuco (9,4%). Em contrapartida, as quedas mais expressivas vieram da Bahia (-9,3%) e Mato Grosso (-5,7%).
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